O embaixador de Israel na ONU defendeu nesta quarta-feira (10)
Washington também afirmou que havia alertado o Catar sobre o ataque, mas autoridades de Doha disseram que a informação chegou após a operação militar.
“Simplesmente, não estou muito contente com toda a situação”, disse Trump a jornalistas. Mais tarde, em sua rede social, elogiou o Catar como “um forte aliado e amigo dos Estados Unidos” e afirmou: “Eu me sinto muito mal pela localização do ataque”.
Justificativa de Israel
Em entrevista a uma rádio israelense, o embaixador do país na ONU, Danny Danon, afirmou: “Nem sempre agimos no interesse dos Estados Unidos”.
“Nós estamos em coordenação, eles nos dão um apoio incrível, nós apreciamos isso, mas às vezes tomamos decisões e informamos aos Estados Unidos”, acrescentou.
O diplomata reforçou: “Não foi um ataque ao Catar, foi um ataque ao Hamas. Não estamos contra o Catar, nem contra nenhum país árabe, atualmente enfrentamos uma organização terrorista”.
Segundo ele, “é muito cedo” para avaliar os resultados, mas a decisão foi “a correta”.
Mortes confirmadas
O Hamas afirmou que seis pessoas morreram no ataque, incluindo o filho de um de seus principais negociadores, Khalil al Hayya, mas os dirigentes de alto escalão sobreviveram.
O Catar relatou a morte de um de seus agentes de segurança e informou que as casas de vários membros do gabinete político do Hamas foram atingidas.
Catar promete seguir como mediador
O primeiro-ministro catari, xeque Mohamed bin Abdulrahman al Thani, declarou que o país continuará atuando como mediador no conflito ao lado do Egito e dos Estados Unidos.
No entanto, advertiu que se reserva “o direito de responder”. “Acreditamos que hoje chegamos a um ponto de inflexão. Deve haver uma resposta de toda a região”, disse.
Operação independente
Netanyahu explicou que ordenou
Diante das críticas internacionais, o gabinete do premiê reforçou que a operação foi “totalmente independente”. “Israel iniciou, Israel realizou e Israel assume toda a responsabilidade”, afirmou.
Guerra em Gaza
Desde o início da
A atual ofensiva coincide com
O conflito começou com o ataque do Hamas contra o sul de Israel, que deixou 1.219 mortos, a maioria civis, segundo dados israelenses compilados pela AFP. A retaliação israelense já matou mais de 64.600 palestinos, também em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas, cujos números são considerados confiáveis pela ONU.
*Com agências
(Sob supervisão de Aline Campolina)