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EUA dizem ‘lamentar profundamente’ ataque de Israel ao Hamas no Catar

Em comunicado emitido pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, os EUA reforçaram que Catar é um aliado dos Estados Unidos; os EUA tem tentado encerrar a guerra na Faixa de Gaza, ainda sem sucesso

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “lamentou profundamente” o ataque realizado por Israel nesta terça-feira (9) contra lideranças do Hamas no Catar, “um aliado dos Estados Unidos”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

“Realizar um bombardeio unilateral no Catar, uma nação soberana, aliada próxima dos Estados Unidos, que tem se empenhado com coragem e assumido riscos na busca por negociações de paz, não contribui para os objetivos nem de Israel nem dos Estados Unidos”, declarou a porta-voz à imprensa.

Segundo Leavitt, assim que foram informadas da ação, as autoridades americanas comunicaram o país que forças israelenses estavam conduzindo um ataque à residência onde se encontravam altos dirigentes do Hamas, em Doha. Ela acrescentou que o ataque “causou uma impressão muito negativa” no presidente Trump.

Apesar disso, ela reforçou que Trump considera que “eliminar o Hamas” seja “um objetivo legítimo e louvável” e acredita que o episódio, apesar de lamentável, pode representar uma oportunidade para avançar em direção à paz.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou em Jerusalém que o conflito em Gaza poderia ser encerrado “imediatamente”, caso o Hamas aceitasse a proposta de trégua apresentada por Trump.

Questionada se Israel havia informado previamente os Estados Unidos sobre o ataque, ou se os militares americanos souberam por conta própria, Leavitt preferiu não responder.

Ainda segundo o comunicado, Trump conversou por telefone com o emir do Catar, Tamim ben Hamad Al Thani, e também com Netanyahu. Durante a conversa, o presidente americano garantiu ao Catar que “algo semelhante não voltará a ocorrer em seu território”.

Os Estados Unidos mantêm uma base militar em Doha, e a embaixada americana no país recomendou a seus cidadãos que “permaneçam em local seguro” após o ataque israelense.

*Com AFP

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo