O número de mortos devido ao incêndio de grandes proporções que atigiu um complexo residencial em Hong Kong subiu para 128 nesta sexta-feira (28), informaram as autoridades locais.
Mais de 200 pessoas continuam desaparecidas. Parentes dessas pessoas percorrem hospitais e centros de identificação esperando encontrá-las. Autoridades informaram à AFP que 89 corpos ainda não foram identificados.
Na manhã desta sexta no horário local (noite de quinta no Brasil), equipes de emergência retiraram corpos dos escombros. Eles foram levados para um necrotério, onde devem ser identificados por familiares.
Segundo o HK01, dos 128 mortos, 108 corpos foram recuperados no local, quatro morreram no hospital e 16 corpos carbonizados ainda estão dentro do complexo. Mais corpos podem ser encontrados durante os trabalhos de resgate.
O incêndio
O complexo Wang Fuk Court tem
oito torres e mais de dois mil apartamentos, e sete foram afetados pelo incêndio. Os edifícios Hung Cheong Court e Hung Tai Court foram os que mais registraram mortes, uma vez que foram os mais atingidos.
Não se sabe ao certo o que provocou o fogo, mas a principal suspeita é de que os tradicionais
andaimes de bambu que cercam os prédios tenham potencializado o incêndio, uma vez que são altamente inflamáveis.
O
incêndio começou na tarde desta quarta-feira em
Hong Kong, sendo madrugada no Brasil. O prédio passava por reformas antes de pegar fogo.
Um homem foi resgatado com vida do edifício nesta quinta.
As
imagens são impressionantes. Fotos e
vídeos mostram o prédio totalmente destruído pelas
chamas.
Três homens foram detidos, suspeitos de deixarem, de forma negligente, embalagens de espuma no complexo residencial durante as reformas.
Esse é o incêndio mais grave já registrado em Hong Kong em 29 anos. Em 1996, 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, autoridades concluíram que as chamas começaram durante um trabalho de soldagem realizado em uma reforma.
Moradores relataram à AFP que
não ouviram nenhum alarme de incêndio e avisaram uns aos outros sobre as chamas. “Tocar a campainha, bater nas portas, alertar os vizinhos, dizer que deveriam sair... foi assim que aconteceu [...] O fogo se propagou muito rapidamente”, relatou um morador.