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Direita lidera pesquisas na Bolívia após duas décadas de governo socialista

Afetados por uma profunda crise econômica, os bolivianos se preparam para dar uma guinada radical à direita na eleição presidencial do próximo domingo (17)

Em um cenário de crise, a Bolívia se prepara para ir às urnas no próximo domingo (17) e dois nomes de direita lideram a intenção de votos, após duas décadas de domínio do Movimento ao Socialismo (MAS) liderado por Evo Morales.

O milionário Samuel Doria Medina, de 66 anos, e o ex-presidente Jorge Quiroga, 65, lideram as pesquisas de intenção entre os oito candidatos. Eles devem disputar o segundo turno, em 19 de outubro.

Em comum, ambos candidatos de direita e centro-direita prometem o fim do modelo econômico estatal. O país, com cerca de 11,3 milhões de habitantes, comparece às urnas em um cenário de escassez de dólares, combustíveis e alimentos.

Desde 2017, a produção e as exportações de gás, principal fonte de crescimento da Bolívia, sofre uma queda constante. A inflação acumulada do último ano está próxima de 25%, a mais elevada desde 2008.

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Histórico socialista

O movimento socialista chegou à presidência pelas mãos de Morales, que governou de 2006 a 2019. O líder indígena foi impedido pela justiça de buscar um quarto mandato nestas eleições.

Sob a proteção de seus seguidores, Morales promove o voto nulo. Ele entrou em uma disputa com Luis Arce, atual presidente, e que gerou uma crise no MAS.

A maioria da população atribui a crise ao governo impopular do presidente Luis Arce.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo