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Brasil e outros 16 países pedem criação do Estado palestino e desarmamento do Hamas na ONU

Com o apoio de França, Espanha, Canadá e Reino Unido, os signatários pedem o fim da guerra de Israel em Gaza

Faixa de Gaza

Dezessete países, incluindo o Brasil, pediram na sede da ONU, nesta terça-feira (29), o desarmamento do movimento islamista Hamas e a criação do Estado Palestino, como forma de encerrar o conflito com Israel.

A chamada “ Declaração de Nova York”, promovida pela França e pela Arábia Saudita, que copresidem a conferência internacional, conta com o apoio de países como Espanha, Canadá, Reino Unido, Turquia, Jordânia, Catar e Egito, assim como da União Europeia e da Liga Árabe.

Os signatários pedem o fim da guerra e uma resolução pacífica e duradoura do conflito israelense-palestino “baseada na aplicação efetiva da solução de dois Estados”, Israel e Palestina, além do desamarmento do Hamas.

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“O Hamas deve pôr fim ao controle de Gaza e entregar as armas à Autoridade Palestina”, acrescenta o texto.

Além disso, os países indicam que a “governança, a manutenção da ordem e a segurança em todo o território palestino devem recair sobre a Autoridade Palestina, com apoio adequado”, informou a AFP.

De acordo com o chanceler francês Jean-Noël Barrot, esta é a primeira vez que países árabes condenam publicamente o Hamas, defendem seu desarmamento e sua exclusão de qualquer papel no futuro governo palestino.

Barrot destacou ainda que esses países “manifestam de forma clara a intenção de, futuramente, estabelecer relações normalizadas com Israel e integrar-se, juntamente com Israel e um futuro Estado palestino, a uma organização regional”. Em entrevista à France 24, ele classificou a declaração como “histórica e sem precedentes”.

Reino Unido

O Reino Unido anunciou nesta terça-feira (29) que reconhecerá o Estado palestino caso Israel não avance na resolução da situação em Gaza, incluindo um acordo de cessar-fogo.

Na quinta-feira passada (24), o presidente francês, Emmanuel Macron, também afirmou que seu país reconhecerá o Estado palestino na Assembleia Geral da ONU em setembro.

Ajuda Humanitária

Os signatários da declaração divulgada nesta terça-feira (29) também exigem a entrada irrestrita de ajuda humanitária em Gaza, alertando para o risco de fome que ameaça a população local, e rejeitam “o uso da fome como instrumento de guerra”.

Além disso, manifestam apoio ao “envio de uma missão internacional de estabilização temporária” para Gaza, com o propósito de proteger os civis, “auxiliar na transferência das responsabilidades de segurança” para a Autoridade Palestina e oferecer “garantias de segurança tanto para a Palestina quanto para Israel, incluindo a supervisão” de um eventual cessar-fogo.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo