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Ex-diretora da Meta processa a empresa e denuncia discriminação sexual

Stonelake trabalhou na empresa por 15 anos e atuou como diretora de marketing de produtos da organização Reality Labs da Meta

A ex-diretora de marketing de Produtos da Meta, Kelly Stonelake, usou as redes sociais nessa terça-feira (4) para denunciar que a empresa tem um “padrão tóxico que silencia mulheres que identificam problemas”. A profissional está processando a meta por discriminação sexual.

Stonelake trabalhou na empresa como diretora de marketing de produtos da organização Reality Labs da Meta. No processo, ela alega que sofreu retaliação por “se opor à atividade ilegal da Meta e às violações de políticas públicas”.

Além disso, na publicação divulgada nas redes sociais, ela detalhou vários abusos que sofreu nos 15 anos em que trabalhou para Mark Zuckerberg. “Fui agarrada pela virilha, gritaram comigo, me disseram para transar com meu chefe para ser promovida. Sobrevivi a tudo. Nada me destruiu tanto quanto um trabalho em que eu tinha que dizer ‘não’ a homens poderosos”, escreveu em uma publicação.

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A profissional conta que foi demitida após se posicionar contra um videogame racista. Para ela, a demissão daqueles que se posicionam contra pontos problemáticos em produtos configura um grande risco. “Quando as empresas de tecnologia expulsam líderes marginalizados, elas constroem produtos perigosos. Este não é apenas um problema ético. É uma falha de governança. Coloca funcionários, acionistas e usuários em todos os lugares – especialmente aqueles que mais precisam de proteção – em risco”, apontou.

Na visão de Stonelake, a demissão de funcionários que criticam modelos problemáticos gera um ciclo de danos nas empresas de tecnologia.


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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento