Conhecido pelos picos repletos de gelo, o Monte Fuji continua sem neve neste mês de outubro. A situação marca o período mais longo sem nevascas na região desde quando foi iniciado o monitoramento da área há 130 anos.
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Normalmente, os picos da montanha mais alta do Japão recebem a neve no início de outubro. Contudo, com as alterações climáticas que impactaram vários pontos da Terra neste ano, a região está excepcionalmente quente - o que provocou uma estiagem de neve na região.
No ano passado, conforme a AFP, as nevascas aconteceram pela primeira vez no cume no dia 5 de outubro. Em 2024, o Japão teve o verão mais quente já registrado com temperaturas entre os meses de junho e agosto cerca de 3,1 °C mais quentes que a média. Essa situação continuou a acontecer setembro.
O fenômeno ocorreu porque uma corrente de ar de jato subtropical tem influenciado no clima na região japonesa. Conforme a Sociedade Meteorológica do Japão, cerca de 1,5 mil áreas tiveram dias ‘extremamente quentes’, com temperaturas iguais ou maiores que 35 °C no mês passado.
Para a neve acontecer, a temperatura deve estar em torno de 0 °C. Dessa forma, neste ano foi batido o recorde de mais tempo sem nevar no cume do Monte Fuji, marcas que já tinham sido ultrapassadas em 1955 e 2016.