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Brasil deixa plenária da Assembleia Geral da ONU e não assiste a discurso de Netanyahu

Outras delegações deixaram a sala minutos após o primeiro ministro de Israel começar a falar; Netanyahu “ameaçou” Irã e outros países do Oriente Médio durante discurso

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,

A delegação brasileira não assistiu ao discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta sexta-feira (27). Esse foi o único discurso que nenhum membro da diplomacia brasileira acompanhou presencialmente.

O Brasil assistiu ao discurso do premiê do Paquistão, que falou imediatamente antes de Netanyahu. Mas a delegação saiu da sala pouco antes do israelense subir ao palco. Assim que Netanyahu terminou sua fala, o Brasil retornou à plenária para acompanhar o discurso do primeiro-ministro de Barbados.

Além do Brasil, outras delegações diplomáticas deixaram seus assentos durante os primeiros segundos da fala de Netanyahu. Nenhum representante da Palestina assistiu à fala do premiê israelense.

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O que Netanyahu falou em seu discurso na ONU?

Benjamin Netanyahu aproveitou o seu discurso para dar um alerta ao Irã. Na tribuna da Assembleia Geral das Nações Unidas, ele “ameaçou” o país vizinho, além de todo o Oriente Médio.

“Tenho uma mensagem para os tiranos em Teerã: se vocês nos atacarem, nós atacaremos de volta. Não há nenhum lugar no Irã que os longos braços de Israel não possam alcançar e isso vale para todo o Oriente Médio”, disse Netanyahu.

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Vários delegados, incluindo os do Líbano e dos Territórios Palestinos, deixaram a sala enquanto Netanyahu subia à tribuna para fazer o seu discurso entre uma mistura de vivas e vaias.

“Depois de ouvir as mentiras e calúnias lançadas contra o meu país por muitos dos oradores neste pódio, decidi vir aqui e esclarecer as coisas”, disse um enérgico Netanyahu no início do seu discurso.

Antes do seu discurso, dezenas de manifestantes reuniram-se em frente ao hotel onde está hospedado em Nova York para exigir o fim da violência em Gaza e no Líbano.

Na quarta-feira (25), Estados Unidos, França e outros aliados divulgaram uma proposta de cessar-fogo de 21 dias, após uma reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, na Assembleia Geral em Nova York.

A Casa Branca disse que o pedido de cessar-fogo foi “coordenado” com Israel, mas o gabinete de Netanyahu afirmou na quinta-feira que o primeiro-ministro não respondeu à proposta.

*Com informações de CNN Brasil e AFP


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.