Pesquisa quer melhorar a qualidade do leite materno para bebês em UTIs

Trabalho é desenvolvido em parceria do Instituto de Latícinios Cândido Tostes da Epamig e da Fiocruz. Testes clínicos estão previstos para o ano que vem.

Pesquisadores do Instituto Cândido Tostes, da Epamig, e da Fiocruz buscam melhorar qualidade do leite humano para UTIs neonatais

Bebês prematuros internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais poderão receber um leite materno mais nutritivo e completo graças a uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (ILCT/Epamig) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A previsão para início dos testes clínicos deve ser em 2026.

O estudo, em andamento desde 2019, adapta tecnologias usadas na indústria de laticínios para melhorar o aproveitamento do leite humano doado, reduzindo a perda de gordura e nutrientes essenciais.

A proposta busca aumentar a disponibilidade deste alimento e, consequentemente, reduzir a mortalidade de prematuros extremos. Um dos projetos em vigor avalia o processo de homogeneização do leite humano.

Denise Sobral, pesquisadora e professora da ILCT/Epamig, explica um dos problemas do aproveitamento do leite humano “a perda de gordura é um grande problema que os bancos de leite humano enfrentam. Após o leite ser congelado, descongelado transportado dos bancos de leite, ele passa por processos e a gordura do leite se separa naturalmente”.

Conforme Denise, após discussões os pesquisadores chegaram em um equipamento para evitar a perda de gordura, nos processos pelo qual o leite passa. O homogeneizador impediria que a gordura se perdesse nos equipamentos pelo qual o leite é submetido. Dessa forma conservando uma maior quantidade de gordura no leite, aumentando sua qualidade energética para o consumo do bebê.

A médica neonatologista Maria Elizabeth Moreira que é pesquisadora da área de Nutrição Neonatal e de Leite Materno para Prematuros na Fiocruz, conta sobre a importância desse leite “a ideia é trabalhar essa homogenização para que a gente tenha a menor perda de nutrientes possíveis. Porque o leite necessariamente tem que passar por uma pesquisa clínica na oferta a humanos”.

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*Escrita por Michel Santos sob supervisão de Roberta Oliveira

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