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A verdadeira história do pão de queijo mineiro

Do improviso de cozinhas da roça até produto de exportação: o pão de queijo mineiro traz um pedacinho autêntico do Brasil a cada mordida

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Receita de pão de queijo vegano: confira como preparar a iguaria sem ingredientes de origem animal

Na roça, nada se perde: tudo é aproveitado. É essa máxima mineira que explica um pouco da história e origem do pão de queijo feito em Minas.

Mas, ao investigar a fundo a origem do pão de queijo, algumas máximas vão caindo por terra. Não só o pão de queijo tem versões semelhantes (e, provavelmente, mais antigas) espalhadas pela América Latina, como o próprio nome também tem um certo desencontro técnico.

Começando pelo início: é importante diferenciar o pão de queijo mineiro de outros quitutes que usam a mesma lista de ingredientes básicos.

O pão de queijo não é brasileiro

Receitas que usam os ingredientes base do pão de queijo já fazem parte da cultura de outros países da América Latina, e datam de séculos atrás.

As outras versões sul-americanas do pão de queijo são conhecidas como chipá (Argentina), pandebono (Colômbia) e cuñapé (Bolívia).

Embora todos tenham uma ou outra adaptação no uso dos ingredientes, a base é sempre a mesma: fécula de mandioca (polvilho), gordura e queijo.

Enquanto existem registros do pandebono na Colômbia que datam do século XIX, os primeiros relatos do pão de queijo no Brasil são do século XX.

O pão de queijo não é pão

O processo de panificação normalmente é composto por três etapas: mistura dos ingredientes, fermentação e assamento.

No preparo tradicional do pão de queijo, embora exista a sova após a mistura dos ingredientes, ela acontece meramente para agregar todos os elementos: não têm um período de descanso da massa e, consequentemente, o processo de fermentação não acontece. Por isso, tecnicamente, o quitute não é um pão.

Qual, então, seria o nome “certo” do pão de queijo? Na realidade, é uma quitanda.

Segundo historiadores, o uso da palavra “pão” acabou acontecendo porque mostra que aquele alimento é feito para uma pessoa importante.

Essa associação é originada da criatividade, divindade e consideração que se atribuem ao preparo de um pão. Como o ato de servir pão de queijo foi atribuído à uma visita importante, ou que você considera, o status de “pão” acabou sendo vinculado.

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A origem do pão de queijo mineiro

A criação do pão de queijo mineiro vem da ideia de que “na roça não se perde nada”.

Como as cozinhas das roças de Minas Gerais tinham uma quantidade grande de polvilho, queijo, ovos e gordura, essa mistura acabou acontecendo.

Com esses ingredientes de fundo de quintal, baseados nas sobras das fazendas, foi criado o hábito de fazer esse pão de minuto para receber visitas.

Se o trigo sobe, os derivados acompanham — pão de queijo e pão de sal também

O diferencial do pão de queijo mineiro

Embora não seja possível afirmar com 100% de certeza que o pão de queijo é uma iguaria criada no Brasil, os mineiros podem bater no peito com tranquilidade quando se fala da criação do pão de queijo mineiro.

O pão de queijo de Minas é, sim, totalmente brasileiro.

Os diferenciais do pão de queijo mineiro são:

  • O uso de polvilho escaldado (quando tem mistura de líquido quente à mistura) e, de preferência, fresco.
  • Incorporar queijo feito com leite cru artesanal na receita. Para conseguir isso, não tem jeito: é preciso utilizar o Queijo Minas Artesanal, feito exclusivamente nas nossas terras.

Deu água na boca? Confira uma receita criativa para incrementar o pão de queijo nosso de cada dia: experimente um recheio especial de pernil com ketchup de goiabada!


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