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Festival Fuegos conquista Belo Horizonte em 4ª edição de preparos no puro fogo

Chefs de todo o Brasil se reuniram na capital mineira através de preparações multiculturais

4ª edição do Festival Fuegos aconteceu no Parque da Gameleira

Culto à gastronomia no puro fogo, o Festival Fuegos movimentou a capital mineira no último final de semana. Em sua quarta edição, o evento reuniu os assadores mais influentes do país, misturando culturas alimentares de todas as regiões, de um jeito capaz de agradar qualquer paladar.

Ao todo, foram oito horas de consumo livre em 30 estações de produtos assados. As opções eram mais que variadas, de vegetais orgânicos ao porco medieval, e o festival ainda surpreendeu com pescados amazônicos, incluindo o tradicionalíssimo pirarucu de dois metros – ingrediente que, aliás, tem despertado encanto nos chefs mineiros.

Longas distâncias

Responsável pela presença do peixe pescado por indígenas da região do Rio Tapajós, o chef Saulo Jennings destacou a importância de apresentar a cozinha paraense para os mineiros. “Isso é Brasil, o Brasil é continental e a gente mostrar a nossa cultura que tem em cada canto em cada bioma para outros estados, para outros lugares é fantástico. É uma valorização das nossas origens, da nossa cultura alimentar”, afirmou o proprietário da Casa do Saulo.

O pirarucu não foi o único a viajar longas distâncias até chegar ao festival em Belo Horizonte. O gaúcho Marco Livi, responsável pelo projeto A Ferro e Fogo, andou 1.600km de carro para trazer um carrossel de assados. “É a nossa estrutura, uma instalação artística onde a gente pode usar todo tipo de proteína”, compartilhou o chef, que trouxe ‘Frango de Cabo a Rabo’ para o festival.

Representatividade

Comandando uma estação formada apenas por mulheres, a chef Paula Labaki, conhecida por atuar como consultora do MasterChef Brasil, mostrou talento no festival. “Trazer mulheres cada vez mais para o churrasco, para gastronomia, é muito importante. Eu sou de uma época, há mais de 30 anos atrás, em que só tinha homem”, conta a assadora.

O prato escolhido para o festival foi um taco de costela assada no fogo de chão, acompanhado por maionese crioula e crocante do mar, preparado com camarão. “Eu acho que mostrar a diversidade dos cortes que saem da brasa é super importante, fazer combinações legais, brincar com os sabores, mesclar todo esse Brasilzão”, contou Labaki.

Comida mineira

Os donos da casa marcaram presença no festival. Léo Paixão, Flávio Trombino, Mário Portella e Caio Soter estão entre os mineiros que se destacaram com preparações de carnes no festival que reuniu grandes nomes da gastronomia brasileira. Ainda, a também mineira Carol Fadel preparou um mix de vegetais orgânicos e saborosos.

(Sob supervisão de Lara Alves)

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.