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P. Diddy começa a ser julgado nesta segunda (5) por tráfico sexual

O rapper, de 55 anos, é acusado de comandar uma rede criminosa que coagia vítima a orgias sexuais sob efeito de drogas

O rapper Sean ‘Diddy’ Combs, o P. Diddy, começa a ser julgado nesta segunda-feira (5), em Nova York, por tráfico sexual e conspiração, após um escândalo que tomou conta da imprensa internacional no ano passado.

O rapper, de 55 anos, é acusado de comandar uma rede criminosa que coagia vítima a orgias sexuais sob efeito de drogas. Por ser muito influente no meio musical, Diddy chantageava e ameaçava as vítimas.

Diddy, que já foi protagonista de documentários com diversas acusações contra si, se declarou inocente, afirmando que as relações sexuais foram consentidas.

Ele está preso desde setembro do ano passado e já pediu para responder em liberdade diversas vezes, todas rejeitadas pelos tribunais.

Recentemente, segundo a Agence France Presse, a Promotoria afirmou que ofereceu a Combs um acordo de culpa, mas foi rejeitado pelo rapper.

Caso seja condenado, Diddy pode passar o resto da vida na prisão.

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Magnata do rap

Diddy foi um grande sucesso no meio do rap nos anos 2000, com a gravadora Bad Boy Records. Ele foi responsável por dar notoriedade a diversos artistas naquela época, e namorou estrelas como Jennifer Lopez.

Com o lançamento da música ‘Last Night’, em 2006, se consolidou no meio do rap e também na música pop. Na mesma época, namorava Cassandra Ventura, também conhecida como Cassie, que o denunciou anos depois.

Denúncia de Cassie e prisão de Diddy

Em 2023, a cantora denunciou uma série de abusos sexuais, verbais e outras violências que sofreu durante o relacionamento com Diddy. Segundo ela, os abusos teriam se iniciado quando ela tinha 19 anos e ele 37. Diddy teria tomado o controle da vida de Cassie, a forçava a usar drogas e a agredia fisicamente. Uma das agressões foi gravada em vídeo e divulgada mundialmente.

Ainda conforme o depoimento de Cassie, diante dos abusos físicos e psicológicos, com o tempo ela “começou a seguir cegamente as instruções dele com medo dele agredi-la novamente e para evitar que ela entrasse em um ciclo vicioso de agressões”. No processo, ela detalhou que o rapper a obrigava a participar das ‘maratonas sexuais’, os chamados ‘ Freak Offs’, para que ele presenciasse e gravasse ela performando atos sexuais com garotos de programa.

As festas de Diddy aconteciam à base de drogas, como ecstasy, cocaína, GHB (Boa noite Cinderela), cetamina, maconha e bebidas alcoólicas. Os eventos tinham várias pessoas, entre elas, garotos de programa.

Diddy gravava os atos sexuais que ocorriam durante as festas e usava os vídeos para coagir vítimas. Quando o rapper foi preso, foram encontrados diversos frascos de óleo de bebê na casa dele. Esse óleo seria usado nas festas, como parte de um ‘ritual sexual’.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.