Um documentário com cenas inéditas e depoimentos de vítimas, funcionários e ex-parceiras do rapper Puff Daddy, ou P. Diddy, será exibido nesta segunda-feira (14), às 23h45, no canal GNT. A película “Diddy: Como Nasce um Bad Boy” também está disponível no “Globoplay”.
Símbolo do estilo musical nos anos 1990, Sean Combs, nome real do rapper, enxergou seu império ruir em meio a um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento depois de uma série de acusações de abusos que teriam sido cometidos por ele. O documentário inédito mostra bastidores da história, com acusações de tráfico sexual, agressão e estupro.
Documentário inédito traz imagens sobre a vida e as acusações contra o rapper P. Diddy
Entre as denúncias contidas no filme, estão casos de estupro de adolescentes de 13 a 17 anos, além de mais de cem pessoas narrando supostos abusos cometidos por ele. A defesa de P. Diddy nega todas as acusações.
Com 55 anos, Combs enfrenta três acusações criminais formais por extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição. A Procuradoria dos Estados Unidos em Manhattan afirma que o rapper usou de seu império para abusar sexualmente de mulheres entre 2004 e 2024.
O rapper foi preso em setembro de 2024. Ele está detido há sete meses, sem direito a fiança, e se declarou inocente no tribunal. Seu julgamento está marcado para 5 de maio. Caso seja condenado, P. Diddy poderá cumprir prisão perpétua.
Documentário inédito traz imagens sobre a vida e as acusações contra o rapper P. Diddy
O documentário também perpassa a infância e a ascensão de Sean Combs. Seu primeiro emprego foi como estagiário em uma gravadora e ele era filho de um gângster que foi assassinado no Harlem.
Em 1991, Sean foi um dos organizadores de um evento beneficente em Nova York que acabou deixando nove pessoas mortas e 27 feridas devido à extrapolação da capacidade do espaço. Com lugares para 2,7 mil pessoas, o evento teve presença de mais de 10 mil.
À época, a Justiça dos Estados Unidos determinou que tanto o local do evento quanto seus organizadores eram responsáveis pelas mortes.
O episódio não abalou a carreira do rapper, que chegou a criar sua própria gravadora e produziu artistas como Usher e Mary J. Blige. P. Diddy chegou a acumular uma fortuna calculada em US$ 40 milhões nos anos 1990.
No documentário, ex-funcionários afirmam que o cantor agia com agressividade e usava o medo para comandar suas operações. Em um vídeo inédito, um dos ex-funcionários diz: “Esse cara é muito violento. Ele pensava que, se as pessoas o temessem, iriam respeitá-lo”.