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Eleição de 2024 foi a mais difícil dos últimos 12 anos para partidos e federações elegerem vereadores

Dados do TRE mostram que o quociente eleitoral nas eleições de 2024 foi o maior desde a eleição de 2012

Número ‘mágico’ para eleger um vereador na Câmara de BH subiu em 2024

A missão de eleger um vereador em Belo Horizonte foi mais árdua para partidos e federações nas eleições de 2024 do que nos dois últimos pleitos na capital mineira. Tudo isso por conta do quociente eleitoral, número “mágico” que determina a votação mínima que uma legenda deve ter para conseguir uma cadeira na Câmara Municipal.

O número é calculado pela divisão do total de votos válidos para o cargo de vereador pelo total de cadeiras no Legislativo. Em 2024, tirando os votos em branco ou nulos, 1.207.911 eleitores votaram em um candidato a vereador ou na legenda (número do partido).

Com isso, o quociente eleitoral das eleições deste anos foi de 29.461 votos. Dessa forma, somente partidos ou federações que conseguiram ao menos esse número de votos elegeram algum representante. Nas eleições deste ano, a Câmara será representada por 19 partidos. Veja a divisão:

Oito legendas que lançaram chapa de vereadores na capital mineira não conseguiram o índice mínimo e, com isso, não terão representantes. Veja a lista:

  • PMB: 28.464 votos
  • Agir: 19.429 votos
  • PSB: 17.615 votos
  • UP: 3.798 votos
  • PSTU: 2.176 votos
  • PRTB: 2.075 votos
  • PCB: 740 votos
  • PCO: 280 votos
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Eleição mais difícil dos últimos 12 anos

Dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais mostram que as eleições de 2024 em Belo Horizonte foram as mais complicadas dos últimos oito anos para partidos ou federações. Ou seja, eram necessários mais votos na chapa para se eleger um vereador.

Em 2016, o quociente eleitoral era de 29.115 e, em 2020, de 28.296. Caso o número do último pleito fosse repetido neste ano, por exemplo, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) teria conseguido eleger sua primeira vereadora em Belo Horizonte. Arlete Magalhães, irmã do ex-presidente da Câmara Municipal, Wellington Magalhães, que teve o mandato cassado em novembro de 2019.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.