A deputada federal e candidata da PSB à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, acionou a Justiça contra a publicação de deepfakes nas redes sociais que a expõem em poses de cunho sexual. As chamadas deepfakes são imagens ou vídeos manipulados por meio de inteligência artificial.
Nas montagens, o rosto da candidata foi sobreposto a uma imagem de uma criadora de conteúdo adulto. Nas redes sociais, perfis compartilharam a peça como se a fotografia fosse autêntica e produzida pela parlamentar.
Inquérito policial
De acordo com a queixa-crime apresentada por Tabata, divulgada pelo jornal ‘Estado de São Paulo’, defesa de Tabata acusa o crime de injúria eleitoral e pede o oferecimento da denúncia contra os responsáveis pelas postagens, que ainda não foram identificados. Caso o promotor não considere o oferecimento da denúncia neste momento, a defesa da parlamentar requer a instauração de um inquérito policial que apure os fatos, que envolvem a criação e disseminação de conteúdo difamatório contra a candidata.
O documento ainda pede que os provedores envolvidos, incluindo X (antigo Twitter) e o fórum Outer Space, sejam notificados para fornecer os registros de acesso que permitam identificar os usuários que postaram as montagens.
O material de cunho sexual com o rosto de Tabata Amaral possui registros de circulação na internet desde os primeiros meses de 2024, voltando à tona na primeira semana de setembro. Como mostrou o projeto Comprova, desde o início do mês, as publicações com a montagem no X (antigo Twitter) somaram quase 200 mil visualizações até quinta-feira, 12 de setembro.
