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Debate na TV Alterosa esquenta com múltiplos ataques entre candidatos

Gabriel Azevedo (MDB), Rogério Correia (PT), Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL) protagonizaram desde troca de farpas até xingamentos

O terceiro debate entre candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), organizado pela TV Alterosa nesta quarta-feira (11), foi marcado por diversos ataques e trocas de farpas entre praticamente todos os candidatos. Os embates começaram já no primeiro bloco.

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Gabriel Azevedo x Mauro Tramonte

Durante o tempo para formular sua pergunta, o emedebista terceirizou uma crítica à atuação parlamentar de Tramonte, deputado estadual desde 2019.

“O principal nome do seu partido, senador Cleitinho, quando era deputado estadual falou assim na Assembleia: tem deputado aqui que eu nunca vi trabalhar. A gente está aqui votando enquanto ele está na televisão apresentado um programa”, disse Azevedo em referência ao Balanço Geral, apresentado por Tramonte nos últimos 16 anos na TV Record.

“Quando você decidiu ser candidato a prefeito você sumiu por um mês para estudar a cidade. Vamos lá, deixa eu conferir: quais são as autarquias de Belo Horizonte, quantas são e o que você propõe para elas pensando no povo?”, questionou o vereador ao adversário.

Durante o tempo para resposta, Tramonte não soube apontar com exatidão quantas são as autarquias de Belo Horizonte e defendeu sua atuação como deputado.

“Tem algumas autarquias que nós conhecemos: a Sudecap, a BHTrans e tantas outras. O senhor não sabe, mas eu tenho 78 projetos de lei apresentados e 18 projetos aprovados na Assembleia. Projetos de proteção a mulheres, idosos, crianças e adolescentes”, rebateu Tramonte.

Durante a réplica, Gabriel corrigiu a informação do adversário ao dizer que a BHTrans não é autarquia, mas empresa.

“Você deve ter estudado a semana inteira para fazer pegadinha aqui no debate”, respondeu o deputado estadual na tréplica.

Gabriel Azevedo x Rogério Correia

Gabriel Azevedo também mirou o candidato Rogério Correia (PT) e foi definido como uma “metralhadora giratória” pelo petista.

“Ele ataca a todos, dependendo de quem ele se alia de vez em quando. Foi um aliado de Aécio Neves, era um antipetista que todo mundo conhecia. Criou uma espécie de “gabinete do ódio” chamado de Turma do Chapéu e ali ele atacava seus adversários. Ele se achava muito e acabou expulso de lá. Agora, se alia ao Newton Cardoso e ao mesmo partido que ele dizia que tinha nojo”, criticou.

Em sua réplica, Azevedo chamou Rogério de “mentiroso” e “puxa-saco do Lula”.

“Sabe qual é a diferença entre eu e você? Aqui tem um pensamento próprio e eu não tenho problema em criticar o meu partido e prefiro perder amigo para manter princípio do que perder princípio para manter amigo. O senhor é um puxa-saco do Lula e, na prefeitura, vai fazer o que o PT fez sempre: roubou nos contratos de ônibus”, rebateu.

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Rogério Correia x Bruno Engler

Uma discussão sobre políticas públicas para a segurança pública se tornou pretexto para provocações entre Bruno Engler (PL) e Rogério Correia (PT). O petista foi criticado, pelo bolsonarista, após defender ampliação no contingente da Guarda Municipal e o armamento dos agentes.

“Eu estava sentindo falta do Rogério de verdade. Período eleitoral é curioso. A gente vê esquerdista falando em fortalecer a segurança pública, quando a gente sabe que, na prática, a esquerda sempre trabalha contra nossos agentes de segurança pública e em defesa dos vagabundos”, atacou.

“Eu sabia que ele vinha sem cloroquina. Por isso o nervo nessa pergunta”, rebateu Rogério em sua resposta. “Eu fui o CPI do Narcotráfico na Assembleia, enfrentamos traficantes e a parte ruim da polícia. Medo, eu não tenho nenhum, tenho muita coragem. Em vez de armar as pessoas, vamos fazer com que a segurança seja pública e tenha muita política social”, rebateu.

Bruno Engler x Gabriel Azevedo

Gabriel Azevedo (MDB) também protagonizou um embate com o deputado estadual Bruno Engler (PL), o chamou de “puxa-saco de Bolsonaro” e disse que ele só era candidato devido ao apoio do ex-presidente.

“Tem uma diferença substancial, realmente, entre eu e você. Se o Bolsonaro roubar, você vai dizer que não foi bem isso. Se o Bolsonaro matar, você vai dizer que foi sem querer. Você é um grande puxa-saco do Bolsonaro, como o Rogério é um puxa-saco do Lula. Eu não sou. Você sabe o que as pessoas falam de você nos bastidores. Que você é uma pessoa que baba, desprovida de qualquer conhecimento para governar. Você só está candidato porque é bolsonarista. Se um copo resolver ser candidato, um cactus for candidato do Bolsonaro, acaba sendo”, afirmou.

Engler se irritou com a provocação e disse que Gabriel não tem aliados políticos porque “briga com todo mundo”, relembrando episódios associados à carreira política do vereador.

“Chega a ser impressionante a sua hipocrisia. Faço uma pergunta sobre educação e você vem falar de Bolsonaro. Você é um cara que não tem padrinho porque não quer, mas porque briga com todo mundo. Já foi da turma do Aécio e saiu de lá brigado, já foi peixe do Kalil, brigou com ele. Para ser eleito presidente da Câmara com Fuad, virou o melhor amigo do Marcelo Aro e agora não quer ver ele nem pintado de ouro. Se você não consegue construir projetos com grupo político, é problema é seu”, rebateu.


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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.
Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.
Graduado em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi estagiário, repórter e colunista por dois anos na Rede Minas. Atualmente faz parte da editoria de Política da Itatiaia na cobertura das Eleições 2024.
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