O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), subiu o tom, nesta quinta-feira (16), ao defender um projeto alternativo ao Regime de Recuperação Fiscal que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Após reunião com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Tadeu Martins Leite (MDB), líderes partidários e das bancadas estadual e federal de Minas, Silveira disse que a prioridade é uma proposta que seja boa para Minas Gerais e não para o governador.
“A RRF não é uma solução para o estado de Minas Gerais, é uma solução pro governo Zema. E nós estamos aqui, todos unidos, bancada federal no Senado da República, bancada estadual e presidente da Assembleia Legislativa trabalhando uma proposta que seja uma solução definitiva para Minas Gerais”, disparou.
Ao falar sobre o congelamento dos salários de servidores públicos, uma das contrapartidas possíveis para adesão à RRF, Silveira alfinetou Zema e citou o reajuste do salário do executivo estadual em Minas, sancionado em maio. “Primeiro, volto a dizer, ela joga uma conta no colo do servidor que não é dele. Segundo, e inclusive aqui faço um destaque, foi um péssimo exemplo do governador aumentar os seus proventos o seu salário em 300%, e agora querer congelar o salário dos servidores públicos do estado”, criticou.
O ministro ainda acusou o governador de permanecer em campanha política. “O governador Romeu Zema não desceu do palanque. Ele ganhou, ele foi eleito o governador de Minas, inclusive muito fruto desses R$ 50 bilhões que ele aumentou da dívida pública, e subiu no palanque de candidato a presidente da República. É legítimo que ele tenha as suas pretensões políticas, o que eu tenho registrado e tenho contestado é de que ele devia primeiro preocupar-se com as contas”, afirmou o ministro.
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