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Braga Netto se defende de supostas irregularidades em contratos durante intervenção federal no Rio de Janeiro

General liderou ação na segurança pública fluminense em 2018; operação da PF investiga compra de coletes à prova de balas

Braga Netto teve o sigilo telefônico quebrado em operação da Polícia Federal nesta quarta

O general da reserva Walter Braga Netto se defendeu das acusações de irregularidades em contratos do Gabinete de Intervenção Federal, liderado por ele, em 2018. Ele teve o sigilo telefônico quebrado pela Polícia Federal que realizou, nesta terça-feira (12), uma operação contra supostas irregularidades na compra de coletas à prova de balas durante a intervenção do governo federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

Em uma nota divulgada à imprensa, Braga Netto diz que partiu do próprio Gabinete a suspensão de um contrato firmado com a empresa norte-americana CTU Security, “após avaliação de supostas irregularidades nos documentos fornecidos pela empresa”.

“Isto posto, os coletes não foram adquiridos ou tampouco entregues. Não houve, portanto, qualquer repasse de recursos à empresa ou irregularidade por parte da Administração Pública. O empenho foi cancelado e o valor total mais a variação cambial foram devolvidos aos cofres do Tesouro Nacional”, diz trecho do documento.

De acordo com ele, o processo é acompanhado pela Secretaria de Controle Interno da Casa Civil, pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Braga Netto também alegou que a intervenção federal permite a contratação por dispensa de licitação e citou um acórdão do TCU para justificar a medida. Ele também defendeu as ações do Gabinete.

“O legado tangível e intangível da Intervenção Federal recuperou a capacidade operativa, logística e moral dos órgãos de segurança pública. Durante 10 meses de operação (de fevereiro a dezembro de 2018), diversos índices de criminalidade foram reduzidos, incluindo os crimes contra a vida, como latrocínio (-27%); e crimes contra o patrimônio, como o roubo de carga (-13%)”, diz outro trecho do documento.

Operação Perfídia

A Polícia Federal cumpriu, nesta terça-feira (12), 16 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal durante a deflagração da Operação Perfídia.

Braga Netto não foi alvo da operação, mas segundo apurou a Itatiaia, entre os investigados está um coronel que o assessorou durante a intervenção federal no Rio de Janeiro.

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