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Prefeitura de BH envia à Câmara projeto para pagamento complementar ao piso da enfermagem

Projeto assinado pelo prefeito Fuad Noman prevê abertura de crédito de R$ 122 milhões para custear os reajustes

Projeto de lei que institui pagamento complementar do piso da enfermagem é enviado à Câmara de BH

A Prefeitura de Belo Horizonte encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que cria a Parcela Complementar do Piso da Enfermagem (PCPE), que institui o pagamento complementar para adequar aos servidores que atuam no município o recebimento do piso nacional da enfermagem - disciplinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão deste ano.

Com o texto, o prefeito Fuad Noman (PSD) pretende liberar mais R$ 122 milhões do Orçamento municipal para custear o reajuste salarial para enfermeiras e enfermeiros, técnicas e técnicos em enfermagem, auxiliares e parteiras.

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Em agosto, o Ministério da Saúde publicou uma portaria que determina a liberação de pouco mais de R$ 40 milhões para ajudar a prefeitura da capital mineira a cumprir o pagamento do piso da enfermagem. Para todo o Brasil, a liberação chegou a R$ 7,3 bilhões.

De acordo com o projeto, o pagamento se aplica a servidores municipais com carga horária de 44 horas semanais. Trabalhadores que tem carga de trabalho menor receberão de forma proporcional.

Os repasses serão feitos em duas parcelas no mês de dezembro, “considerando a remuneração mensal e a gratificação natalina”, diz trecho do projeto de lei.

“O pagamento do PCPE será condicionado ao repasse de recursos da União a título de assistência financeira complementar vinculados para esse fim”, diz o documento em seu artigo 4º.

O secretário municipal de Planejamento, André Reis, confirmou que a primeira parcela foi depositada pela União em agosto, mas que ainda há “controvérsias” sobre os cálculos feitos pelo governo federal para que o repasse seja feito às prefeituras.

“A situação ainda está cheia de controvérsias sobre o formato da conta que o governo federal fez esses cálculos. Segundo a regra dele, ainda nos parece faltar em torno de R$ 18 milhões mensais. Esse é um assunto que está sendo tratado pelo governo federal”, afirma.

“De toda forma, como ele já foi depositado, a gente pede autorização legislativa por dois fatores: primeiro, para criação da verba que faz jus a essa complementação para o piso. Então, tem que criar uma verba que represente essa complementação. E, em segundo lugar, o pedido de suplementação orçamentária para esse novo recurso que chega da União”, explica.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.