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Ministra da Saúde diz que relação com o Congresso é ‘a melhor possível’ e quer mais partidos com Lula

Em BH, Nísia Trindade afirmou que integrantes da Esplanada dos Ministérios trabalham em prol do ‘equilíbrio entre os Poderes’ da República

Lula tem dito que não pretende exonerar Nísia Trindade do comando da Saúde

Lula tem dito que não pretende exonerar Nísia Trindade do comando da Saúde

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Em meio às pressões do Centrão por cargos no primeiro escalão do governo federal, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse, nesta sexta-feira (21), que sua relação com o Congresso é a “melhor possível”. De passagem por Belo Horizonte, ela ainda defendeu o embarque de mais partidos na base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A relação que estabeleci, desde o início, com o Legislativo, é a melhor possível. Não só tenho diálogo direto com o Parlamento, mas quero contribuir, ao lado dos outros ministros, para que o Brasil possa avançar no equilíbrio entre os Poderes da República, como acredito que deva ser”, afirmou, durante evento na sede Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A agenda de Nísia em BH serviu para a chefe da Saúde Federal anunciar o repasse de cerca de R$ 187 milhões ao estado. A verba, a ser entregue por meio de aportes mensais, vai custear ações de média e alta complexidade.

Partidos como o PP e o Republicanos tentam emplacar nomes em ministérios de Lula, como as pastas de Desenvolvimento Social e Esportes. O Ministério da Saúde, dono de um dos maiores orçamentos da União, também chegou a ser cobiçado, mas o presidente indicou que não pretende retirar Nísia do comando do setor.

“O presidente já colocou publicamente a questão de como vê a condução do ministério da Saúde. Não tenho mais nada a acrescentar a isso, a não ser minha visão de que temos de ter a melhor relação com o poder Legislativo, que faz parte de toda a composição do governo, dos partidos que apoiam - e espero que esse apoio seja cada vez maior, porque o Brasil precisa disso”, pregou a ministra.

Apesar de não ficar com o comando do Ministério da Saúde, o Centrão deve receber a presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O grupo negocia a nomeação de uma mulher para a vaga. O comandante interino da entidade é Alexandre Ribeiro Motta, servidor do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

Trabalho integrado

Em Belo Horizonte, Nísia afirmou que seu trabalho no Ministério da Saúde é pautado pelo programa de governo de Lula.

“Digo o tempo todo: não há essa separação entre os componentes técnicos e políticos. Como ministra da Saúde, sou parte de um governo que apresentou uma plataforma à população, que elegeu o presidente Lula e o vice-presidente (Geraldo) Alckmin. Dessa maneira que vou conduzir as ações”, pontuou.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.
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