O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (12), que sugeriu a seu vice e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB) um novo programa de concessão de descontos para a compra de eletrodomésticos. A declaração foi feita durante seu discurso, em um evento em comemoração ao Dia da Ciência, no Palácio do Planalto.
Na ocasião, Lula citou o programa temporário que concedeu R$ 1,5 bilhão em créditos para a indústria automobilística vender carros novos com desconto, disse que o governo vai tirar do papel o programa Desenrola e sugeriu uma “aberturazinha” para a linha branca.
“Até falei para o Alckmin: que tal a gente fazer uma aberturazinha para a linha branca outra vez? Facilitar a compra de geladeira, televisão, máquina de lavar roupas. As pessoas, de quando em quando, precisam trocar os utensílios domésticos - quando a geladeira está batendo e não está gelando a cerveja bem e está gastando muita energia, você tem que trocar. E está caro, tem que baratear. Vamos encontrar um jeito”, disse Lula.
O presidente também chamou o programa voltado para a indústria automobilística de “coisinha pequena”.
“Nós fizemos uma coisinha pequena, reduzimos o preço dos carros e o que aconteceu? A gente vendeu mais carro do que teve capacidade de produzir no período. E a gente tem sempre que incentivar o povo a consumir, desde que ele consuma de forma responsável”, afirmou. “Ninguém tem que gastar o que não tem. Se tem que fazer uma dívida, só faça a dívida que pode pagar. Se não pode pagar, espere um pouco. Porque, se você fizer a dívida e não puder pagar, vai quebrar a cara”, continuou.
Programa Desenrola
Lula também destacou que o governo federal precisa tirar do papel o programa Desenrola, voltado para negociação de dívidas de consumidores de até R$ 5 mil.
"É por isso que nesses próximos dias, a gente vai anunciar, definitivamente, o tal do Desenrola. E o Desenrola tem que dar certo porque, se não der certo, quem vai estar enrolado somos nós. Então, vamos ter que fazer esse Desenrola para tentar ajudar os 72% da população brasileira que estão endividados. Pessoas que tem dívidas de até R$ 5 mil e que estão pendurados no Serasa. Temos a obrigação de estendermos a mão para essa gente e trazê-las para a atividade brasileira para poder consumir”, completou.
