O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reúne neste domingo (2) com líderes dos partidos para fechar acordo para votação de três projetos importantes da equipe econômica do Governo Lula: Carf, arcabouço fiscal e a reforma tributária. As matérias estão na pauta de votações dessa semana.
O presidente da Câmara tem elogiado o papel de “articulador” do petista nas matérias que envolvem a pasta. Em fevereiro, Lira disse que Haddad era uma das “figuras mais importantes do PT no diálogo com o Congresso”. Na última semana, afirmou em um almoço que o petista tem tido uma “sensibilidade gigantesca” de conversar com os parlamentares.
Com alinhamento entre Executivo e Legislativo - ao menos para as pautas econômicas - a expectativa de Arthur Lira é que elas passem pela Câmara antes do recesso, que começa em 18 de julho.
Veja os projetos em pauta:
Carf
A pauta de votações da Câmara dos Deputados está trancada por conta de um projeto de lei que retoma o voto de qualidade do governo federal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (
O órgão é a última instância para julgamento de recursos administrativos relacionados a punições da Receita Federal e o governo federal quer ter poder de decisão em caso de empate nas votações. Desde 2020, por conta de uma alteração legal, o desempate ocorre sempre em favor do contribuinte.
De acordo com a União, decisões do Carf geraram perdas de R$ 59 bilhões para os cofres públicos com decisões da Receita Federal que foram revertidas.
Arcabouço fiscal
Aprovado pela Câmara dos Deputados no final de maio, o projeto do arcabouço fiscal retorna à Casa depois de ter o texto alterado no Senado. O
A nova regra substituirá o “teto de gastos”, criado em 2017 pelo governo de Michel Temer (MDB), que limitava as despesas do governo por um prazo de 20 anos.
Os senadores alteraram o texto aprovado na Câmara e incluíram três itens no texto que não seriam afetados pelas metas de resultado, ou seja, teriam recursos disponíveis independentemente do aumento de arrecadação e crescimento da economia: o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FDDF), a complementação do Fudo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e despesas com ciência, tecnologia e inovação.
Reforma tributária
Por fim, a Câmara dos Deputados deve votar, até a véspera do recesso parlamentar, ou seja, 17 de julho, o projeto da