Jair Bolsonaro (PL) rebateu os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que votaram contra ele até o momento no julgamento da ação que pode torná-lo inelegível por oito anos. O ex-presidente alegou em entrevista exclusiva à Itatiaia na manhã desta sexta-feira (30), horas antes dos três últimos votos, que não atacou o sistema eleitoral durante a reunião com embaixadores que levou à ação julgada na Corte.
“Não ataquei o sistema eleitoral, eu mostrei possíveis falhas”, declarou sobre o encontro no qual apresentou trechos de um inquérito instaurado pela Polícia Federal (PF) para investigar a invasão do sistema interno do Tribunal por hackers.
“Fiz o mesmo que o ministro Edson Fachin dois meses antes. Chamei os embaixadores e conversei com eles sobre o nosso sistema eleitoral. Discuti o inquérito da Polícia Federal aberto na primeira semana de novembro de 2018, após minha eleição, que investigava uma denúncia muito bem fundamentada de fraude nas eleições”, declarou. Bolsonaro afirmou ainda que o documento, à época da reunião, não possuía caráter sigiloso. “Estou sendo julgado por um inquérito aberto até hoje”, citou.
A denúncia citada pelo ex-presidente é antiga e já foi esclarecida pelo próprio Tribunal Eleitoral, que atestou serem íntegros os resultados das eleições de 2018.
Ainda em relação ao julgamento que pode afastá-lo de disputas para cargos políticos até 2031, Bolsonaro alegou que ingressará com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) se for condenado. “Vou conversar com meus advogados, e o recurso segue para o STF”, confirmou. “Esse julgamento não tem pé, nem cabeça’, criticou.
Futuro político de Bolsonaro deve ser decidido hoje
O quarto e provável último dia do julgamento da ação que pode tornar
A
Ataques ao sistema eleitoral
Bolsonaro é alvo de ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por
Na reunião transmitida pela TV Brasil, pertencente à comunicação estatal, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral do país e pôs em xeque a segurança das urnas eletrônicas.
Além do ex-presidente, seu então vice-candidato para a disputa pela reeleição, o general Walter Braga Netto, também teve o nome incluído na ação. Entretanto, os quatro ministros que indicaram voto até o momento entenderam que ele não pode ser responsabilizado pelo encontro e pelos ataques infundados promovidos por Bolsonaro. Com esses votos, a
A decisão interessa a
Andamento
A sessão de sexta-feira marcará o quarto dia do julgamento da ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. A votação começou de fato na última terça-feira (27) com o parecer do relator. O
O julgamento foi suspenso em seguida e retomado nessa quinta-feira (30) com o
Na sessão desta sexta-feira, que pode marcar o fim do julgamento, votarão os ministros Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes, respectivamente.