O Telegram, aplicativo de troca de mensagens instantâneas com mais de 40 milhões de usuários no Brasil, compartilhou, nesta terça-feira (9), uma mensagem contra o Projeto de Lei 2630, o PL das Fake News, que tramita na Câmara dos Deputados.
As mensagens aparecem no canal do Telegram dentro da própria plataforma diz que o “Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão”. A mensagem ainda diz que esse projeto de lei “dá poderes de censura” ao governo e é uma das legislações “mais perigosas” para os direitos humano fundamentais já consideradas no Brasil.
“Para os direitos humanos fundamentais, esse projeto de lei é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil”
O texto compartilhado pela plataforma leva a um link que apontaria para um texto explicativo sobre a posição da empresa. O link, no entanto, não abre.
Veja mais:
A mensagem compartilhada pelo Telegram provocou
Telegram e Google contra PL das Fake News
A estratégia do Telegram é semelhante ao do Google que, no início do mês, compartilhou dentro do buscador um link que levava ao blog da companhia também com
A mensagem do Google foi compartilhada horas antes de o projeto de lei ir a votação no plenário da Câmara dos Deputados. Com a repercussão e a falta de acordo entre os partidos sobre o texto que estava em tramitação, o
O Google foi notificado por “publicidade abusiva” pela Secretaria Nacional do Consumidor para para realizar uma ação de “contrapropaganda”, ou seja, comunicar os usuários o interesse comercial da empresa sobre o projeto e sinalizar os conteúdos publicitários publicados pela plataforma. O Google retirou o link de sua página principal após ser ameaçado de pagar uma multa de R$ 1 milhão por hora.
O
Telegram fora do ar
No fim de abril, uma decisão da Justiça Federal em Linhares, no Espírito Santo, determinou a
A
“A Polícia Federal pediu e o Poder Judiciário deferiu que uma rede social que não está cumprindo as decisões, no caso o Telegram, tenha uma multa de R$ 1 milhão por dia e suspensão temporária das atividades, exatamente porque há agrupamentos denominados Frentes Antissemitas ou Movimentos Antissemitas atuando nessas redes e nós sabemos que isso está na base da violência contra nossas crianças e nossos adolescentes”, afirmou.