Após diversos embates com a presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em seu primeiro mandato, o governador Romeu Zema (Novo) tem construído uma relação de harmonia com o novo presidente da Casa, Tadeu Martins Leite (MDB), nos primeiros meses deste ano.
Prova disso é o aceno político que o governador fez nesta semana ao presidente do Legislativo. Uma articulação do Palácio Tiradentes vai permitir que Tadeuzinho sancione projeto de lei que beneficia 780 prefeituras ao liberar a utilização, na área da saúde, de recursos que estão parados nos cofres municipais.
E não apenas isso: a Itatiaia apurou que a sanção deve ocorrer durante o Congresso Mineiro de Municípios na terça-feira (9). Organizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM), a projeção é que mais de 8 mil pessoas estejam presentes no Expominas de Belo Horizonte, entre prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, deputados e lideranças políticas.
Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT), e do Esporte, Ana Moser, também devem comparecer.
Viagem do governador
Zema viaja para os Estados Unidos nesta sexta-feira (5) e só voltará no dia 11. Ele não precisava comunicar sua ausência à ALMG porque estará fora do Brasil por menos de 15 dias, mas o fez mesmo assim para enviar um sinal de boa vontade para o presidente do Legislativo
Como o vice-governador Mateus Simões (Novo) também está fora do país, o aviso de Zema transformou Tadeuzinho no governador em exercício até a próxima terça-feira (9) — data em que Simões retorna de sua viagem.
Para possibilitar a sanção no evento da AMM, a ALMG vai realizar uma reunião extraordinária na segunda-feira (8) para votar em segundo turno
Quando o governo de Minas Gerais repassa recursos para as prefeituras, frequentemente a verba é “carimbada”. Isso significa que os prefeitos só podem gastar o dinheiro em algo pré-determinado, como a construção de um posto de saúde ou a compra de um equipamento de raio-x.
A proposta de Tadeuzinho, atendendo a uma demanda de vários prefeitos, é “descarimbar” esses recursos que, por algum motivo, sobraram ou estão parados nos cofres municipais. A ideia é que a verba possa ser utilizado para qualquer finalidade, desde que o objetivo seja melhorar o serviço de saúde oferecido pelas prefeituras.
