O governador mineiro Romeu Zema (Novo) disse, nesta terça-feira (18), que o vice-governador, Mateus Simões, também do Novo, tem o seu “total aval” para concorrer à chefia do poder Executivo estadual em 2026. Em entrevista exclusiva à Itatiaia, Zema teceu elogios ao companheiro de partido e classificou como “natural” a possibilidade de tentar fazer o sucessor por meio da figura do vice-governador.
Apesar de admitir a hipótese, ele ressaltou que, por ora, é “prematuro” cravar a participação de Simões na corrida ao Palácio Tiradentes.
“O partido vai ter de decidir (o candidato). Uma aliança com outros partidos vai decidir esse nome, mas ele (Simões) tem total aval de minha parte para ser (candidato ao governo). Poucos nomes superariam ele em capacidade de trabalho”, disse Zema, em Brasília (DF), onde cumpre agendas de trabalho.
Simões é um dos principais articuladores do governo estadual e foi eleito vice-governador após ser secretário-geral de Estado em parte do primeiro mandato de Zema.
“Ele é uma pessoa com inteligência excepcional e uma das pessoas mais capacitadas que conheço. Tem participado ativamente e somado muito ao nosso governo. Minas Gerais estaria muito bem servida”, completou o governador.
Ao afirmar que, neste momento, seu futuro político a partir de 2026 é incerto, Zema fez menção ao histórico de vices alçados ao comando do Executivo. Em Minas Gerais, isso aconteceu pela última vez em 2010, quando Aécio Neves (PSDB) passou o cargo ao então tucano Antonio Anastasia, que meses depois foi reeleito.
“É natural que o vice-governador venha a ser um candidato ao governo. Isso já aconteceu em Minas, em vários estados do Brasil e, também, na presidência”, salientou.
Governador diz que eleição de 2026 está ‘muito distante’
Aventado como possível alternativa à direita na eleição presidencial de 2026, Zema contemporizou afirmando que o próximo pleito nacional ainda está “muito distante”. Segundo ele, o foco do momento é solucionar questões como a
“Temos de resolver esses grandes problemas que ainda afligem a vida dos mineiros. Lá em 2026 vamos ver qual é o cenário e se a bateria ainda vai estar, ou não, carregada — porque a bateria vai perdendo carga com o tempo; é como celular velho: vai ficando cada vez com menos carga”, esquivou-se.
Mateus Simões, vale lembrar, foi a “opção caseira” do Novo para a dobradinha com Zema no ano passado. O partido tentou atrair, para sua chapa, a federação formada por PSDB e Cidadania. O objetivo era ter o jornalista Eduardo Costa, filiado ao Cidadania,
Majoritários na federação, os tucanos, no entanto, resolveram lançar candidatura própria por meio de Marcus Pestana.
No ano passado, Zema rompeu a tradição do Novo de concorrer isoladamente e encabeçou uma coligação com outros nove partidos. Na lista de apoios que recebeu, estiveram agremiações como PP, MDB, Avante, Podemos e Solidariedade.