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Em greve, metroviários vão à Brasília tentar reunião com Lula para frear privatização do metrô de BH

Quatro ônibus com sindicalistas deixam a capital mineira nesta segunda-feira (27), com destino à capital federal

Sindimetro organiza caravana para tentar reunião com Lula, em Brasília

Em greve desde o dia 14 de fevereiro, o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) organiza uma caravana para pressionar o governo federal a manter empregos de 1.600 funcionários que correm risco de demissão no processo de privatização do metrô de Belo Horizonte.

A categoria decidiu, neste sábado (25), manter a paralisação, que já chega a 12 dias.

O sindicato tenta levar, nesta segunda-feira (27), quatro ônibus com trabalhadores e outros apoiadores do movimento grevista à capital federal. O objetivo é marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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“A intenção nossa é conseguir quatro ônibus em Brasília para levar a categoria e parceiros a uma audiência com Lula para possa nos ouvir e a gente cobrar a promessa de que o metrô não seria privatizado”, afirmou a presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Alda Lúcia Fernandes dos Santos.

A sindicalista afirma, ainda, que outro objetivo é garantir os empregos de 1.600 funcionários da CBTU, que seriam demitidos após a assinatura do contrato de concessão do metrô à iniciativa privada.

“A gente sabe dos contratempos [da greve], mas infelizmente, essa greve é pela manutenção dos 1.600 empregos, para que os trabalhadores da CBTU saibam qual será o seu destino”, completou.

Lula e o metrô de BH

Em uma entrevista à Itatiaia em agosto do ano passado, Lula disse que a concessão do metrô de Belo Horizonte " rel="noopener">"é um problema do estado e não um problema federal”. Depois de eleito, ele foi pressionado pela bancada do PT de Minas Gerais a revogação o processo de concessão da CBTU e, consequentemente, cancelar o leilão do metrô, que foi feito em 22 de dezembro do ano passado.

Para manter o procedimento, o governador Romeu Zema (Novo) articulou pessoalmente com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ainda durante o gabinete de transição, para manter o leilão - que foi realizado e vencido pelo Grupo Comporte.

Na ocasião, Zema agradeceu a Alckmin pelo envolvimento no caso.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.