O senador Carlos Viana (PL) afirmou que o cancelamento ou adiamento da concessão do metrô de Belo Horizonte, que tem leilão marcado para dia 22 de dezembro, poderá retirar os R$ 2,8 bilhões previstos para investimentos na obra, verbas já reservadas pela União.
Nas últimas semanas, a equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que avalia os projetos de infraestrutura pediu o adiamento de processos de concessão até que o novo governo tome posse. Entre os projetos que podem ser cancelados está o do metrô da capital mineira.
Após os deputados Rogério Correia (PT) e Beatriz Cerqueira (PT) entrarem com uma ação no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pedindo a suspensão do leilão,
“Nós corremos um seríssimo risco de perder as verbas do metrô, de perder R$ 2,8 bilhões que estão separados para a obra do metrô de Belo Horizonte. É um risco muito sério. O leilão está marcado para dia 22 de dezembro, mas já há uma preocupação de que não apareçam interessados. Porque o contrato tem que ser assinado entre 2 de fevereiro e 2 de março do ano que vem. Com a mudança de governo há uma dificuldade em aceitar essa concessão. E se essa concessão for cancelada, vamos voltar à estaca zero”, alertou Viana.
O senador foi um dos parlamentares mineiros que articulou junto ao governo federal a liberação dos recursos para o processo de concessão do metrô. Foram reservados R$ 2,8 bilhões do governo federal e mais R$ 428 milhões do governo estadual, verba que virá do acordo de reparação firmado com a mineradora Vale após a tragédia de Brumadinho. No projeto está prevista a extensão da Linha 1, com uma nova estação no bairro Novo Eldorado, em Contagem, e a criação da Linha 2, que vai ligar a região do Barreiro.
Viana afirma que a questão do metrô de BH sofreu por décadas por disputas e “vaidades políticas”, o que pode se repetir agora, se a obra for adiada. Ele cobra do governo de Minas uma mobilização para garantir que a concessão seja mantida.
“Se essa concessão for suspensa, o governo que entrar vai levar mais um ano para se organizar, não terá verbas no orçamento do ano que vem, Será mais um ano para avaliar qual modelo de concessão vai fazer e outro ano para buscar recursos no orçamento. Então precisamos que o governo de Minas seja célere, porque foi omisso, esse dinheiro está parado desde outubro de 2021, para garantir essa obra”, disse o parlamentar.
Na terça-feira (29), de acordo com notícia antecipada pela repórter Edilene Lopes,