Dois átomos de hidrogênio são pressionados um contra o outro com tamanha força que se fundem e se transformam em hélio. Nesse processo, eles liberam grande quantidade de energia e calor. É algo semelhante ao que ocorre no núcleo do
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Esse é o princípio da fusão nuclear, que, diferentemente de outras reações nucleares, não produz resíduos radioativos. Até agora, os reatores disponíveis não eram capazes de manter a energia obtida com a fusão nuclear sem perdas logo após o experimento. Ou seja, a energia obtida pelos cientistas ao fim da fusão nuclear era menor do que aquela usada para iniciá-la.
Na terça-feira (13), porém, pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, em Livermore, na Califórnia (EUA), confirmaram que um reator foi capaz de produzir mais energia do que a utilizada no início do processo. Trata-se de um avanço histórico na produção de energia limpa, segura e potencialmente inesgotável.
Jennifer Granholm, secretária de Energia dos EUA, lembra que “esta é uma conquista marcante para pesquisadores e funcionários da Instalação Nacional de Ignição (National Ignition Facility). “Eles dedicaram suas carreiras para ver a ignição por fusão se tornar realidade”, destaca. “Esse marco sem dúvida desencadeará ainda mais descobertas.”
Ainda deve haver, entretanto, um longo caminho até a produção de eletricidade sustentável a partir dessa técnica. Agora, os cientistas terão de replicar os resultados — e isso pode não ser tão simples. No futuro, espera-se que a energia de fusão nuclear abasteça cidades ao redor do mundo com menor custo, mais segurança e