O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, anunciou nesta segunda-feira (29) o plano de reestruturação da empresa, que passa por uma crise financeira.
Uma das medidas foi a contratação, no último sábado (27), de um empréstimo de R$ 12 bilhões junto a cinco bancos – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander. O objetivo, segundo a diretoria da estatal, é assegurar a liquidez da companhia até março de 2026.
Também devem ser captados outros R$ 8 bilhões com o Tesouro Nacional, mas o modo que isso será feito ainda não foi definido.
Segundo Rondon, sem a intervenção, o resultado negativo dos Correios seria de R$ 23 bilhões no próximo ano.
Em janeiro, a empresa também reabrirá o Programa de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir gastos com pessoal. A expectativa da diretoria é que até 15 mil funcionários façam adesão à iniciativa nos próximos dois anos.
Com a medida, somada à revisão da previdência e do plano de saúde da estatal, a expectativa é que seja gerada uma economia anual de R$ 2,1 bilhões.
O plano prevê ainda o fechamento de 1.000 agências deficitárias, das mais de 6 mil controladas pelos Correios, e R$ 1,5 bilhão com a venda de imóveis da companhia.
Rondon também não descartou mudanças no quadro societário da empresa, mas negou que haja possibilidade de privatização.