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No acumulado do ano, a economia mineira teve um avanço de 1,6%, enquanto no período dos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2025, houve uma expansão de 2,2% em termos reais. Segundo o pesquisador Raimundo de Sousa, da FJP, o PIB teve um crescimento nominal de 6,8% no período.
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“Desse crescimento, 1,1% foi devido ao aumento do volume produzido. O restante se deve a variação do deflator implícito, uma medida agregada para a variação do nível de preços da economia”, explicou o especialista.
A produção agrícola, que não tem distribuição uniforme ao longo do ano, de acordo com as safras, teve um crescimento de 8,8% na comparação com o segundo trimestre do ano, e de 11,3% na comparação interanual. No acumulado do ano, o agro registra uma expansão de 5,4%, e de 7,1% nos últimos 12 meses. O Valor Adicionado Bruto (VAB) do setor foi de R$ 21,9 bilhões.
O resultado reflete o aumento da produção de culturas como milho e sorgo, além de uma expansão da produção florestal para a fabricação de papel e celulose, e a recuperação da produção de leite. “Tivemos um resultado muito positivo apesar da redução da colheita de café em 2025, uma cultura muito importante e significativa”, disse Sousa.
Indústria registra queda
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Segundo o pesquisador Thiago Almeida, o setor foi influenciado pela paralisação de algumas minas. “Nós tivemos algumas empresas com manutenções, paradas programadas em suas atividades. Por exemplo, no caso da Vale, nós tivemos uma paralisação na mina Cauê, em Itabira”, explicou.
De acordo com o especialista, houve um “choque de oferta”, considerando o grande peso do minério de ferro para a economia de Minas Gerais. “Foi algo específico deste trimestre, pontual na indústria extrativa mineral”, disse.
Serviços avançam 0,9%
O setor de serviços, que representa pouco menos que dois terços da economia mineira, teve um crescimento de 0,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2024. No acumulado do ano, o setor acumula no ano um avanço de 1,5%, enquanto no acumulado do quarto trimestre o resultado foi de 1,8%. O VAB do setor foi de R$ 159,6 bilhões.
Houve expansão do volume de valor adicionado nos transportes (1,6%) e na administração pública (0,3%). No agregado de outros serviços, tal volume permaneceu inalterado. Porém, houve uma queda de 0,9% comércio.