Indústria vê minerais críticos como ativos na negociação do tarifaço com os EUA

Setor segue com a sobretaxa de 40% sobre os produtos exportados para os Estados Unidos

Exportações da indústria seguem afetadas pelo tarifaço dos EUA

O setor industrial defende que o governo federal inclua os minerais críticos, principalmente as terras raras, nas negociações para o fim do tarifaço dos Estados Unidos. Em um almoço com jornalistas nessa terça-feira (16), o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, afirmou que os minerais são ativos importantes no diálogo com o governo de Donald Trump.

“A Indústria entende que temos inúmeros potenciais de parceria. Terras raras é uma delas. A própria Fiemg tem uma planta permanente, um laboratório de tecnologia que não existe nem nos Estados Unidos. É um ativo importante para ser negociado. Nós temos em Minas Gerais um dos melhores depósitos em potencial do mundo”, disse Flávio Roscoe.

Em novembro, Trump assinou uma ordem executiva zerando a tarifa adicional de 40% sobre grande parte dos produtos agrícolas brasileiros. A sobretaxa havia entrado em vigor em agosto, como parte da nova política comercial americana. Porém, os produtos industriais continuam dentro do tarifaço.

Segundo Roscoe, outro atrativo para encontrar uma solução é a complementaridade da economia brasileira com a americana. “São muitas relações ganha-ganha, ou seja, a gente pode isentar a tarifa de ambos os lados. E eu acredito que esse é um grande atrativo para se encontrar uma solução para a guerra tarifária”, completou o presidente da Fiemg.

Terras raras são um grupo de 17 elementos da tabela periódica, como Escândio e Ítrio, que são encontrados em abundância na China e no Brasil, e em pequenas quantidades em outros países. Os minerais são considerados insubstituíveis para o funcionamento de eletrônicos como smartphones, televisores, câmeras digitais e LEDS.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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