O fim do imprevisto: manutenção inteligente reduz custos em indústrias

Otimização de oficinas com IA industrial e processos preditivos ajuda pequenas e médias empresas (PMEs) a evitar paradas; dados do IBGE apontam salto tecnológico no Brasil

Manutenção inteligente reduz custos nas indústrias

Uma máquina parada costuma custar caro para os gestores da indústria. Nas pequenas e médias empresas (PMEs), uma paralização na produção pode comprometer de maneira ainda mais grave prazos e margens já estreitas. Estratégias como a manutenção preditiva e a digitalização das oficinas já fazem parte da realidade de algumas empresas para identificar e também evitar a interrupção da produção e já são consideradas ferramentas indispensáveis de sobrevivência no mercado industrial.

Diferente da manutenção preventiva, que troca peças de acordo com o calendário (muitas vezes desperdiçando componentes ainda úteis), ou da corretiva, que intervém apenas no colapso, a preditiva funciona como um “check-up” contínuo. Por meio de sensores que monitoram vibração e temperatura, o sistema “ouve” os sinais vitais do maquinário em tempo real.

Ao antecipar falhas, a empresa ganha previsibilidade e reduz gastos com reparos emergenciais. De acordo com o guia técnico do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC/CNI), a manutenção preditiva permite que as indústrias adotem medidas proativas para evitar problemas futuros, impactando diretamente na redução de custos e no aumento da vida útil dos ativos. Onde antes havia o “instinto” do operador, hoje há o rigor do dado coletado pela Internet das Coisas Industrial (IIoT).

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O salto da IA no Brasil

A adoção de novas tecnologias nas indústrias, como a manutenção preditiva e a utilização da IA industrial vem crescendo na estatística. Segundo dados da Pintec Mobile, divulgados pelo IBGE, o percentual de empresas industriais que utilizam Inteligência Artificial (IA) no Brasil deu um salto impressionante, subindo de 16,9% em 2022 para 41,9% em 2024. Esse avanço sinaliza que a digitalização deixou de ser uma tendência de vanguarda para se tornar o padrão operacional de quem busca eficiência.

Essa tecnologia permite que as empresas se adaptem rapidamente às exigências do mercado, ganhando flexibilidade para enfrentar desafios com maior precisão e redução de desperdícios.

Nesse cenário de transição, o suporte de instituições voltadas à consultoria em tecnologia torna-se um grande facilitador. Para o empreendedor, o caminho para o futuro passa pela compreensão de que a tecnologia é o meio para garantir que o pulso da oficina (e do negócio) nunca seja interrompido.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.

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