A Manufatura Aditiva por Deposição a Arco (MADA) surge como uma alternativa promissora para a produção de protótipos metálicos. Diferente de métodos tradicionais de fabricação, a MADA utiliza princípios da soldagem industrial já consolidados, oferecendo maturidade e confiabilidade nos resultados.
“Com MADA conseguimos altas taxas de deposição, produzindo componentes grandes em velocidade elevada, com custos menores devido à matéria-prima mais barata”, explica Humberto Monteiro, engenheiro e pesquisador do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT) do Senai-MG à Itatiaia.
Além da eficiência econômica e de tempo, o processo permite o uso de uma ampla gama de materiais soldáveis, como aço carbono, aço inoxidável, alumínio, cobre e ligas de níquel.
O tipo de material influencia diretamente a qualidade do protótipo, afetando propriedades mecânicas, microestrutura, aderência entre camadas e acabamento superficial. “Cada aplicação exige uma combinação específica de material, geometria e parametrização do processo para atingir os melhores resultados”, complementa Monteiro.
O equilíbrio entre velocidade e precisão
A velocidade de deposição do arco elétrico é outro fator determinante no processo. Velocidades mais altas reduzem o aporte térmico, diminuindo distorções, mas podem gerar irregularidades e rugosidade superficial.
Por outro lado, velocidades mais baixas aumentam o calor acumulado, favorecendo a fusão dos cordões, mas elevando o risco de deformações e alterações na microestrutura.
Segundo o especialista, “o ideal é buscar um equilíbrio entre material, geometria e parâmetros de processo, garantindo protótipos precisos e confiáveis”.
O controle térmico também é um desafio central. A distribuição de calor camada a camada influencia propriedades mecânicas, microestrutura e tensões residuais. A gestão cuidadosa das trajetórias de deposição e do tempo entre camadas é fundamental para evitar distorções e garantir a qualidade final do componente.
Além disso, a MADA se integra facilmente aos fluxos de projeto digital da indústria. Ferramentas de CAD, CAE e CAM permitem iterar rapidamente entre design e fabricação, possibilitando prototipagem acelerada, construção de bibliotecas de componentes e mitigação de erros em novos projetos.
“A flexibilidade de design, especificação de materiais e configuração do processo faz da MADA uma ferramenta ágil para desenvolvimento industrial”, conclui Monteiro.
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