A Indústria da Construção completou um ano apontando as taxas de juros elevadas como seu principal problema. Os dados são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela
Apesar do entrave financeiro, o setor mostrou recuperação em setembro. Os índices de atividade e número de empregados subiram. As expectativas para os próximos meses melhoraram em outubro, embora o
Principais problemas do setor
A pesquisa do terceiro trimestre de 2025, realizada pela CNI , solicitou aos empresários que apontassem os três principais problemas enfrentados.
- As taxas de juros elevadas lideram o ranking , com 35% das menções , uma leve queda ante os 37,7% do segundo trimestre.
- A elevada carga tributária apareceu em segundo lugar , com 32,2% , seguida pelos desafios com mão de obra.
- Falta ou alto custo de trabalhador qualificado: 25,8%
- Falta ou alto custo da mão de obra não qualificada: 24,5%
- Demanda interna insuficiente: 20,4%
Desempenho em setembro
Após resultados negativos em agosto , o setor da construção relatou melhora no desempenho em setembro de 2025. O índice de evolução do nível de atividade subiu 2,4 pontos, atingindo 48,4 pontos.
O índice de evolução do número de empregados também avançou, ficando em 47,1 pontos. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) alcançou 68%, uma alta de 2 pontos percentuais (p.p.) frente a agosto.
Condições financeiras e crédito
No terceiro trimestre de 2025, as condições financeiras das empresas melhoraram, mas seguem vistas como desfavoráveis. O índice de satisfação com a situação financeira subiu para 48,7 pontos , e o de lucro operacional foi para 45,4 pontos.
O acesso ao crédito continua difícil , embora o índice tenha melhorado para 38,6 pontos. Em contrapartida, os empresários notaram aceleração na alta dos preços de insumos e matérias-primas, com o índice marcando 61,6 pontos.
Confiança e expectativas futuras
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção subiu pelo segundo mês consecutivo, marcando 48,4 pontos em outubro. O valor, contudo, permanece abaixo da linha de 50 pontos, o que demonstra falta de confiança do empresário.
A melhora foi puxada pelas expectativas. O índice de expectativas passou para 50,7 pontos, entrando em campo otimista. A intenção de investimento também cresceu pelo segundo mês, indo para 43,6 pontos.
O que o setor espera para os próximos seis meses
O otimismo, no entanto, não é uniforme. A maior alta foi na expectativa de nível de atividade, que foi para 52,4 pontos. A expectativa de compras de matérias-primas e de novos empreendimentos também passaram para o campo positivo.
Na direção contrária, a expectativa para o número de empregados recuou. O índice caiu para 49,8 pontos , passando a indicar uma expectativa moderada de queda nas contratações para os próximos seis meses.