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Elon Musk pode deixar a Tesla se plano salarial de US$ 1 trilhão for rejeitado

Alerta do presidente do Conselho de Administração da Tesla reforça que ‘tempo’ do empresário é ‘fundamental’ para a empresa

Empresa teria que crescer 8 vezes para Musk alcançar esse salário

O empresário Elon Musk pode deixar o cargo de CEO da Tesla caso seu pacote salarial proposto de US$ 1 trilhão não seja aprovado pelo Conselho de Administração. O alerta é do presidente do colegiado, Robyn Denholm, em carta enviada aos acionistas da empresa nesta segunda-feira (27).

A Tesla realiza sua reunião anual de acionistas na quinta-feira da próxima semana, dia 6 de novembro. De acordo com Denholm, o plano de remuneração com base no desempenho foi elaborado para reter e incentivar o bilionário sul-africano a continuar na companhia por mais sete anos e meio.

Na carta, o presidente do conselho disse que a liderança de Musk é “fundamental” para o sucesso da Tesla e afirmou que, sem um plano que o motive, a empresa poderia perder seu “talento e visão”. Segundo ele, Musk é crucial para a companhia se tornar líder em inteligência artificial e tecnologia de direção automotiva.

O pacote proposto pode conceder a Musk 12% das ações da Tesla, avaliadas em US$ 1,03 trilhão, caso a empresa alcance o valor de mercado de US$ 8,6 trilhões. Para isso, o valor de mercado da Tesla teria que crescer quase oito vezes. De acordo com o fechamento da bolsa na última sexta-feira (24), a companhia era avaliada em US$ 1,49 trilhão.

Cabe lembrar que Musk não recebe salário ocupando o cargo de CEO da Tesla. Na verdade, sua remuneração está atrelada a metas como o preço das ações da companhia, lucratividade e produção. No início de setembro, o empresário alcançou um patrimônio líquido de US$ 500 bilhões devido à valorização da empresa.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.