A sondagem industrial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), divulgada nessa quarta-feira (24), aponta para um
Se comparado com o mesmo período do ano passado, o indicador caiu 8,4 pontos. O índice de expectativa de matérias-primas marcou 47,2 pontos em setembro, mostrando a perspectiva de queda das compras do setor com uma retração de 3,4 pontos ante agosto, e 5,9 pontos ante setembro de 2024.
Em parte, o pessimismo dos empresários mineiros é justificado pelo cenário da economia local, com a inflação em 5,13%, acima da meta de 3%, e a
“Esse comunicado importante do Copom manteve a sinalização da taxa de juros por um período prolongado. Isso pressiona o custo do crédito, tanto para as empresas, quanto para os consumidores. Aumenta os encargos financeiros das empresas e acaba diminuindo o poder de compra. São fatores combinados que reduzem tanto o consumo, quanto o investimento”, disse.
A expectativa de número de empregados também registrou queda, chegando a 46 pontos em setembro, caindo 2,1 pontos em relação a agosto, e 5,9 pontos frente ao mesmo período do ano passado. “Alguns indicadores já mostram essa desaceleração, embora o mercado de trabalho continue bastante forte. A gente sabe que o mercado de trabalho demanda um certo tempo para reagir, ele tem uma certa defasagem”, explicou a especialista.
A intenção de investimento também caiu. O indicador teve uma retração de 1,7 ponto frente a agosto, e marcou 54,5 pontos. Se considerado setembro de 2024 (60,4 pontos), o recuo foi de 5,9 pontos. Apesar da baixa, o índice ainda ficou 1,8 ponto acima da média histórica de 52,7 pontos.
Segundo Daniela Muniz, outro fato que elevou a desconfiança dos empresários foram as
“A gente teve medidas para mitigar os impactos, como o Plano Brasil Soberano, do governo federal, e alguns incentivos fiscais em Minas Gerais, com o governo estadual. Mas a gente sabe que alguns setores importantes para o estado, como a metalurgia, vão sofrer mais com essas tarifas”, completou.