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Caixa oferece crédito para casa própria com novas regras; veja o que mudou

Caixa Econômica Federal começou a oferecer crédito para financiamento com as novas regras propostas pelo governo federal

Caixa prevê financiar 80 mil novos imóveis até o final de 2026 com novo programa de crédito

A Caixa Econômica Federal começou, nessa segunda-feira (13), a oferecer crédito habitacional com as novas regras de financiamento criadas pelo governo federal. A expectativa é que as mudanças injetem R$ 20 bilhões no crédito imobiliário, propiciando o financiamento de 80 mil novos imóveis até o fim de 2026.

O pacote de mudanças nas regras do crédito imobiliário eleva o teto de imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. O objetivo do governo é beneficiar famílias de classe média que possuem uma renda mensal acima de R$ 12 mil e, atualmente, não são contempladas pelo Minha Casa, Minha Vida.

As medidas também promoveram um aumento da cota máxima de financiamento do imóvel de 70% do valor para 80%. Com essa mudança, o comprador vai precisar dar uma entrada menor no financiamento. Em um imóvel de R$ 500 mil, por exemplo, a entrada vai cair de R$ 150 mil para R$ 100 mil.

A mudança no SFH também vai ampliar o alcance das regras que permitem usar o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como parte do financiamento. O FGTS pode ser utilizado como entrada, reduzindo o valor a ser financiado; como amortizador do saldo devedor, diminuindo parcelas ou prazo; ou para pagar parte das prestações.

Saiba como pedir financiamento habitacional

Para pedir financiamento, o solicitante deve reunir os documentos que comprovem a renda, a identidade e a declaração de imposto de renda. Em seguida, ele pode fazer a simulação do valor do crédito e das parcelas de acordo com a renda familiar e o perfil do comprador direto no site da Caixa. Com os dados em mãos, ele deve procurar uma agência para negociar o financiamento.

Mudanças nas regras da poupança

As novas regras do financiamento também alteram a lógica das operações de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Pelas regras atuais, 65% dos depósitos da poupança eram aplicados pelos bancos em crédito imobiliário; 20% eram depositados compulsoriamente no Banco Central; e 15% tinham livre aplicação.

Segundo esse governo, esse modelo limitava a expansão do crédito em momentos de queda nos saldos de poupança. Como resposta, o governo vai promover uma elevação gradual para que 100% dos recursos provenientes dos saldos da poupança possam ser utilizados em crédito imobiliário. Com isso, os depósitos compulsórios serão extintos até janeiro de 2027.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.