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Após três anos, setembro começa com a conta de luz mais cara; entenda a volta da bandeira vermelha

Decisão foi tomada devido ao cenário de agravamento da estiagem no país e redução no nível dos reservatórios; bandeira dessa cor não era acionada desde agosto de 2021

A energia elétrica no Brasil é gerada e distribuída a partir do Sistema Interligado Nacional

Após três anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária vermelha irá voltar no mês de setembro. Sendo assim, isso significa que haverá cobrança adicional na conta de luz, deixando o preço da energia elétrica mais caro para famílias e empresas.

Com a bandeira vermelha, a tarifa aumenta R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh). O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado).

Devido à seca na região Norte do país, usinas hidrelétricas importantes estão gerando menos energia, sendo assim, nos horários de pico de consumo e baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar usinas termelétricas — sendo mais caras. Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, operem mais.

A última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi em agosto de 2021, na crise hídrica.

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Depois, em setembro do mesmo ano, a Aneel criou a bandeira “escassez hídrica”, a mais cara de todas para atender ao sistema elétrico nacional em situação severa de seca, que afetou a geração de energia pelas hidrelétricas.

A bandeira “escassez hídrica” ficou em vigor até abril de 2022, quando a Aneel acionou a bandeira verde sem cobrança adicional na conta de luz.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.