O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, criticou a manutenção da taxa de juros em 10,5% ao ano. A decisão de manter o patamar da taxa de juros ocorreu em 31 de julho, após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Alckmin, que cumpriu agenda nesta segunda-feira (5), em São Paulo, afirmou que a alta na taxa de juros atrapalha o desenvolvimento do país.
“Não tem razão para o Brasil ter a segunda maior taxa de juros real do mundo, atrás apenas da Rússia, que está em guerra. Não tem sentido isso. Isso atrapalha muito a economia”, disparou Alckmin.
O presidente em exercício também comentou a possibilidade de votação, no Senado Federal, da compensação aos cofres federais com a desoneração da folha de pagamentos.
“Podendo desonerar, eu acho ótimo. Ainda mais setores que empregam muito. Agora, eu sou da linha da responsabilidade fiscal. Para reduzir receita precisa reduzir despesas. O que não pode é fazer déficit porque aí você vai ter juros mais altos, vai ter inflação. Responsabilidade fiscal é um dever de todos”, argumentou ele.
Alckmin ressaltou que a compensação não poderá ser feita por meio do aumento da carga tributária do país.
“Todos temos que ter consciência de que o Brasil tem uma carga tributária de quase 33% do PIB, que é muito alta para um país em desenvolvimento e, portanto, não pode aumentar mais”, avaliou ele.