Ouvindo...

Após gripe aviária, exportações de carne de frango devem bater novo recorde em 2025

Na parcial de outubro ritmo diário de embarques supera em 9,6% o de setembro de 2025, que foi a maior em 11 meses

Na parcial de outubro ritmo diário de embarques supera em 9,6% o de setembro de 2025

O setor brasileiro de carne de frango projeta um novo recorde de volume exportado até o final de 2025, apesar do caso de gripe aviária detectado em uma granja comercial no Rio Grande do Sul em maio. Pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que, se o ritmo atual de embarques for mantido, o recorde será alcançado.

A quantidade de carne de frango exportada em setembro foi a maior em 11 meses. Na parcial de outubro, o cenário é ainda mais promissor, com o ritmo diário de embarques superando em 9,6% o de setembro de 2025 e em expressivos 16% o registrado em outubro de 2024, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Pesquisadores do Cepea explicam que essa recuperação se consolida com a recente retomada das compras da proteína brasileira pela União Europeia. Esse movimento tem sido fundamental para levar o ritmo exportador nacional aos patamares observados antes do registro da gripe aviária.

Apesar do forte desempenho, o potencial exportador ainda tem margem para crescimento. As vendas para a China seguem suspensas, e os especialistas destacam que um eventual retorno dos embarques ao país asiático poderia impulsionar significativamente o volume total exportado.

No entanto, o Cepea alerta que a concretização das perspectivas de vendas externas recordes em 2025 está condicionada à ausência de novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) em granjas comerciais, bem como de outros tipos de influenza, garantindo a manutenção da credibilidade e dos mercados abertos.

Leia também

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde