O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou, nesta segunda-feira (13), a abertura do evento Pré-COP 30, em Brasília, com a presença de vários ministros brasileiros e 500 representantes de 50 países da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
Desmatamento zero
Na reunião preparatória, Alckmin reafirmou uma meta ousada. “Grande parte das emissões de gases de efeito estufa no Brasil vem do desmatamento e, nesses últimos dois anos e meio, nós tivemos uma queda de quase 50% no desmatamento da Amazônia, e a meta é desmatamento ilegal zero, até 2030 – inclusive, recomposição da floresta com recursos que já estão sendo disponibilizados, principalmente através do Fundo do Clima”, anunciou.
Metas
O vice-presidente da República também cobrou que os países signatários do Acordo de Paris, assinado em 2015, entreguem as atualizações das Contribuições Nacionalmente Determinadas. “Acredito que esse esforço coletivo de cooperação entre os povos deve ser canalizado aqui nas negociações da COP e concentrado nas contribuições nacionalmente determinadas dos países ao Acordo de Paris – as NDCs. A apresentação pelos governos de NDCs alinhadas ao objetivo de 1.5oC do Acordo de Paris é sinal decisivo de seu compromisso com o combate à mudança do clima e o reforço do multilateralismo”, cravou.
A baixa adesão tem irritado o governo brasileiro. O presidente Lula fez a cobrança durante a Assembleia Geral da ONU e Alckmin voltou cobrar nesta segunda (13). Como anfitrião, para incentivar os outros membros, o Brasil antecipou seu anúncio em 2025. “A NDC do Brasil – que tive a honra de anunciar no ano passado na COP29, em Baku – determina compromisso de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa no país de 59% a 67% até 2035, em comparação aos níveis de 2005, o que equivale alcançar entre 850 e 1,05 bilhão de tonelada de CO2 equivalente”, lembrou o vice-presidente da República.
