O PSD fez um jantar na última quarta-feira (4), em Brasília, para comemorar os 12 anos no partido. No entanto, o pessedista com o cargo público mais importante não compareceu. O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional, informou que tinha outros compromissos, incluindo um encontro com parlamentares, e não foi ao evento. Da bancada mineira em Brasília, apenas o deputado federal Diego Andrade passou rapidamente pela cerimônia. Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, secretário executivo do partido, marcou presença e estava acompanhando dos deputados estaduais mineiros Cássio Soares e Gil Pereira.
Correligionários e interlocutores admitem que não há unidade no partido que é composto por muitas correntes, tendo em seus quadros filiados mais à direita e também mais à esquerda. Enquanto o ministro, Alexandre Silveira, faz parte do governo Lula (PT); o presidente do partido, Gilberto Kassab, é secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo; e o PSD faz parte da base de Romeu Zema (Novo) em Minas. A bancada pessedista mineira em Brasília é majoritariamente alinhada à direita.
Todas essas variáveis culminam em muito desentendimento e podem colocar em xeque objetivos próximos do partido. Pacheco será candidato ao governo de Minas pelo PSD na base de Lula? Fuad Noman é candidato à reeleição em BH? Ou a inclusão de aliados de Zema no governo municipal pode atrapalhar a candidatura dele dentro do partido? Para que perguntas como essas sejam respondidas, os correligionários vão precisar se entender, mas, por enquanto, não há nada definido.