A pílula, nome popular dado aos contraceptivos orais, é um dos métodos mais utilizados para se evitar gravidez. Estima-se que cerca de 90 milhões de mulheres, no mundo, fazem uso dessas medicações.
Esse mercado é bilionário. Há previsão de arrecadação de US$ 30 bilhões, em 2025, pela indústria farmacêutica, com a venda de anticoncepcionais orais e dispositivos intrauterinos (DIU).
Apesar de ser facilmente adquirido nas farmácias, os contraceptivos orais podem não ser a melhor opção para grupos específicos de mulheres.
Como o uso é corriqueiro e prolongado, a grande maioria das pacientes nem se lembra de relatar durante a consulta médica.
- “Usa algum medicamento todo dia?”.
- “Não!”, respondem várias delas.
- “E anticoncepcional?”.
- “Ah, sim.”.
Existem mais de 85 nomes comerciais para essa classe medicamentosa. Alguns deles são muito curisosos: Alexa, Malu, Yaz, Adolles, Zoely, Qlaira, Elô, Clarissa, Juliet, Harmonet, Jasmine, Perola, Tantin, Diminut. Apesar de apresentarem nomenclaturas joviais e leves, são compostos por hormônios sintéticos, como estrogênio e progesterona. Atualmente, a dosagem é bem pequena, mas suficiente para inibir a ovulação e modificar as regiões de útero e colo uterino, tornando-as hostis ao espermatozoide e dificultando a gestação indesejada. A maioria apresenta ambos hormônios na fórmula. Alguns, têm apenas progesterona.
Quais efeitos colaterais mais comuns?
Muitas mulheres se adaptam muito bem ao uso. Outras, reclamam de náuseas, sensibilidade ou dor nas mamas, dores de cabeça. Entre os efeitos indesejados, também estão retenção de líquido, ganho de peso, mudanças de humor e diminuição da libido. Algumas pacientes necessitam até mesmo interromper o uso e procurar outros métodos contraceptivos. Mas será que toda mulher pode usar anticoncepcional oral, com estrogênio e progesterona?
Quando evitar a pílula combinada?
Caso apresente alguma das condições de saúde abaixo, a paciente deverá conversar com seu médico:
- Trombose venosa profunda;
- Tromboembolismo pulmonar;
- Infarto agudo do miocárdio;
- Câncer de mama;
- Câncer de útero;
- Câncer de ovário;
- Derrame cerebral (AVC);
- Diabetes;
- Hipertensão descontrolada;
- Tabagista e 35 anos;
- Enxaqueca com aura;
- Enxaqueca sem aura e 35 anos;
- Gestação;
- Amamentação;
- Cirurgia de grande porte, com imobilização de longa duração (ortopédica, por exemplo);
- Trombofilias (mutações do Fator V de Leiden; do gene protrombina; deficiência de proteína C, S e antitrombina);
- Hepatite viral aguda, tumor do fígado benigno ou maligno, cirrose grave descompensada.
O uso seguro é imprescindível, para que os benefícios se sobressaiam. Caso você tenha algumas dessas condições acima, converse com seu ginecologista para definirem, juntos, sobre a interrupção do uso e o ajuste para outro método contraceptivo. O ideal é não suspender a utilização, sem o consentimento do profissional.