Amigas e amigos do agro!
Tivemos uma semana com fatos importantes para o agro brasileiro, com o anuncio da Starlink que vai dar a internet a cobertura total ao agro, em qualquer parte do planeta.
Tivemos a escolha de uma mulher brasileira para o Nobel da Agricultura, que é o World Food Prize, Prêmio Mundial da Alimentação.
Agronôma da Embrapa, Mariangela Hungria, é cientista, de Londrina com mais de 30 anos pesquisando sobre insumos biológicos para a agricultura, o que nos faz ficar cada dia mais distantes dos fertilizantes nitrogenados, que têm origem no petróleo.
O mineiro de Bambuí, ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli, já falecido, tinha sido premiado pela revolução mundial na produção de alimentos com a agricultura tropical.
Mas o assunto desde sexta-feira, circulando em nível mundial, é a gripe aviária que chegou às granjas comerciais brasileiras.
Vários países já conviveram com esse vírus, por uma ou mais vezes em maior intensidade, casos da França, Itália, Alemanha e outros países da Ásia.
Por último os Estados Unidos que tiveram mais de um surto violento e todos sabem o que os americanos ainda passam com os preços da carne de frango e dos ovos.
O leite também foi atingido, porque a gripe aviária chegou ao rebanho leiteiro.
Aqui no Brasil ainda não há como dimensionar o que realmente está acontecendo, porque o vírus é tão surpreendente, que não se sabe ainda onde ele poderá estar contaminando.
A cidade Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi detectada a origem da doença, trabalha com granjas de ovos para reprodução. Por isso, O Ministério da Agricultura já faz um rastreamento de todos os ovos que saíram para o Brasil afora.
Inclusive em Minas Gerais o Secretario da Agricultura, Thales Fernandes, anunciou o descarte de 450 toneladas de ovos férteis que estavam em granjas para reprodução.
Sempre lembrando ao consumidor que os ovos consumidos pelos mineiros são produzidos no estado, 90% pelo menos. Minas Gerais é o segundo na produção nacional de ovos e o quinto na exportação.
E também não há nenhum risco ao se consumir carne e ovos de aves contaminadas, desde que sejam cozidos, fritos ou assados.
Aí, a dona de casa pergunta! Mas se não faz mal, porque eliminar todas as aves de uma granja?
É uma doença que leva as aves à morte. E, com o abate do plantel, rapidamente se elimina o vírus daquela região.
Uma vacina eficaz para aves está sendo pesquisada por laboratórios americanos depois da crise que estão passando.
O vírus da gripe aviária se prolifera no Brasil através da corrente de aves migratórias que buscam climas adequados para reprodução, saindo do hemisfério norte para o hemisfério sul.
As aves tem 3 rotas e 2 delas passam pelo Brasil, sendo que uma corta Minas Gerais, entrando pelo Rio de Janeiro, passa pelo Triangulo Mineiro, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Roraima e vai embora.
Nada impede que o bando resolva parar próximo a Uberaba, Uberlandia, tomar água, comer alguma coisa e fazer um cocô. Aí não há como evitar que a ave infectada deixe o vírus naquele local.
E o impacto da gripe aviária? Somente daqui a 2 ou 3 semanas deverá ser feito um balanço. Dependendo da intensidade pode atingir o mercado mundial porque o Brasil é o maior exportador de carne de frango do planeta.
O mercado interno também pode ser afetado. Com o bloqueio das exportações que é automático, variando de acordo com o protocolo entre os países, poderemos ter acumulo de carne e ovos.
Aí o mercado fica pressionado com o excesso de proteínas e os preços baixam.
Isso é bom para o consumidor? Inicialmente sim! Depois os estoques vão se esgotando e os preços disparando!
Então, quem esperava por 3 anos por um cerveja gelada e a prometida picanha com aquela gordurinha, pode ficar até sem o ovo e sem o pé da galinha!
Lembrem-se dos preços do ovo e carne de frango Estados Unidos!
Itatiaia agro, Valdir Barbosa!