Se Belo Horizonte é a capital mundial do café, teve uma quarta-feira mostrando que o há de melhor na Semana Internacional do Café. Londres e Paris tiveram muita movimentação, com protestos de agricultores que invadiram as ruas das duas cidades.
Em Londres, os protestos são contra a decisão do governo de taxar em 20% os herdeiros de terras com valores acima de R$ 8 milhões. Os agricultores foram com suas máquinas, acompanhados de milhares de pessoas nas ruas para a frente do Parlamento Inglês.
Já em Paris, os produtores rurais temem a assinatura do acordo entre União Europeia e Mercosul. O Governo está pressionado há muito tempo pelos fortes protestos, e algumas empresas tentam fazer o seu lado protecionista.
Dias atrás, a Danone francesa anunciou que não mais compraria soja brasileira. A repercussão foi muito ruim, por aqui e lá fora, e a volta atrás foi imediata. Agora é a vez da rede Carrefour anunciar que não comprará mais carne brasileira para suas lojas na Europa.
Aqui no Brasil, o comércio interno permaneceria nas 1200 lojas espalhadas em vários estados. O Ministério da Agricultura já se pronunciou, assim como vários órgãos e entidades ligadas à carne. Vamos aguardar as próximas novidades.
Voltando a Belo Horizonte, onde foi aberta ontem com sucesso a Semana Internacional do Café no Expominas, que termina amanhã. Vale muito a pena uma visita.
Em Nova Iorque, o café arábica teve outra disparada. Quase 5% com reflexo diretamente no café brasileiro, porém não de imediato na xícara do consumidor.
O presidente da Cooxupé, a maior cooperativa de café do mundo, chega conosco no jornal da Itatiaia. Presidente Carlos Augusto Rodrigues, estamos vendo o café mineiro mostrando sua força, inclusive entre as classes C e D, que superam as A e B no consumo nacional.