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Em 2024, Bolsonaro quer fazer 1 mil prefeitos; em 2026, metade do Senado

Um dos objetivos ao aumentar o número de representantes da direita na Casa Alta é mover processos de impeachment do STF

Além de ter uma candidatura competitiva para a presidência da República em 2026, o bolsonarismo tem outra prioridade definida para as eleições nacionais: o número de cadeiras do Senado. Interlocutores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que o trabalho que está sendo realizado é para eleger pelo menos metade dos 81 senadores.

STF

O objetivo final não é apenas o parlamento, mas o judiciário. De acordo com aliados do ex-presidente, os focos são alavancar impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e diminuir, via legislação, o poder do judicário. Na leitura da rede bolsonarista mais próxima do ex-presidente, as cortes altas (principalmente STF e TSE) são aliadas de primeira ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, por isso, é preciso limitar as atuações.

Eleições municipais

A meta de 2026 passa por 2024, já que os prefeitos são importantes cabos eleitorais para candidatos nas eleições nacionais, tanto para cargos majoritários quanto proporcionais. Quando um grupo político faz um número grande de parlamentares federais, sejam deputados ou senadores, mesmo que não vença as eleições no executivo, aglutina grande poder para imobilizar o presidente e travar as pautas do Planalto. Sendo assim, a frente de avanço parlamentar segue como linha mestra do plano bolsonarista para 2026.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.