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Há risco de um asteroide atingir a Terra nos próximos mil anos?

Astrônomos simularam trajetórias de corpos celestes para avaliar os riscos e as possibilidades

Há asteroides nas proximidades da Terra

Muito se fala em asteroides, especialmente quando eles passam próximos da Terra, mas qual é a chance de um desses corpos celestes atingir nosso planeta? Um grupo de astrônomos analisou as órbitas de objetos próximos da Terra (near-Earth objects – NEOs) e descobriu que eles não oferecem riscos significativos nos próximos 100 anos.

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Depois disso, entretanto, não há clareza sobre o perigo. Muitas instituições monitoram e catalogam NEOs conhecidos e, apesar de ainda haver muitos a serem descobertos, já há mapas confiáveis das trajetórias de quase todos os que têm mais de um quilômetro de diâmetro.

Para estimar o risco, os pesquisadores previram suas órbitas nos próximos mil anos em simulações que mapearam diferentes trajetórias. Assim, puderam analisar os encontros mais próximos possíveis entre NEOs perigosos e a Terra e estudaram como a distância mínima deles em relação a nosso planeta muda ao longo de centenas e milhares de anos.

Segundo os astrônomos, é difícil prever as órbitas desses corpos celestes em um futuro muito distante. Isso ocorre porque uma diferença mínima no calor que um asteroide recebe do Sol ou na influência gravitacional que Júpiter exerce sobre eles podem ser suficientes para afetar sua órbita e fazê-lo se dirigirem diretamente à Terra.

A partir das simulações, foi possível identificar 28 asteroides suspeitos. Um deles é o 7482, que vai passar bastante tempo próximo da Terra no próximo milênio. Embora isso não indique que ele vai necessariamente atingir nosso planeta, aponta que ele é o que tem a maior chance de causar um impacto nos próximos mil anos.

Outro corpo celeste que chama a atenção é o asteroide 143651, porque sua órbita caótica dificulta previsões sobre sua posição exata em algumas décadas. Com o que se sabe atualmente sobre sua posição e sua velocidade, avalia-se que ele pode ou não representar ameaça à Terra. Os demais têm chance maior que zero de passar a uma distância menor do que a que separa a Terra da Lua: nenhum deles deve atingir nosso planeta nos próximos mil anos.