Embora não seja novo, o HoloLens 2, da
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Voltado especialmente para empresas, tem uma versão comum e uma industrial. Isso não quer dizer, entretanto, que não possa ser usado por um consumidor final que esteja disposto a pagar o preço cobrado por ele: no Brasil, são US$ 7.729 pela versão mais simples. Além disso, não há aplicações para esse usuário.
Segundo a Microsoft, o preço alto é justificado pelo investimento feito no desenvolvimento de uma versão específica para o mercado brasileiro — nos EUA, o equivalente custa US$ 3.500. Marcondes Farias, diretor de produtos de Dynamics 365 e Power Platform da Microsoft Brasil, aponta que o modelo foi criado para as necessidades do Brasil e só é vendido aqui. “Ele é montado fora do país, mas, quando é pedido, é fabricado especialmente para vir para cá.”
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Todo o hardware de processamento de dados, inclusive a bateria, está instalado diretamente no dispositivo, acomodado na parte de trás do equipamento. A autonomia da bateria varia de duas a três horas de uso: isso depende, essencialmente, do que é projetado nas lentes e do processamento tridimensional executado pelo sistema.
Já na frente, estão os componentes relacionados à visão. Isso inclui quatro câmeras de luz visível, duas de infravermelho e sensor de profundidade.
Experimentação
A reportagem da Itatiaia teve a oportunidade de testar o
Os elementos que compõem a viseira do HoloLens 2 permitem que ele interprete o ambiente. Assim, ele avalia o tamanho físico da sala, os objetos existentes no local (com isso, se o usuário colocar, por exemplo, um item que está no plano virtual embaixo de uma mesa real, só vai conseguir vê-lo se se abaixar) e até os braços e as mãos do usuário — que permitem a inserção de comandos.
Além disso, há uma câmera de 8 megapixels que grava vídeos em 1.080 pixels a 30 quadros por segundo. Essas imagens são utilizadas em interações em vídeo quando dois profissionais debatem uma tarefa a distância. Quem está com os óculos pode observar o objeto de diferentes ângulos ao andar em torno dele — o que proporciona mais imersão —, bem como aumentar, diminuir, afastar e aproximar a imagem com um toque dos dedos.
A visualização aparece na viseira do HoloLens 2 como um holograma. A resolução tem densidade de 47 pixels por grau de visão — o suficiente para ler textos pequenos com nitidez. A projeção é a
As lentes do dispositivo são um conjunto de espelhos. Eles oscilam a 54 mil vezes por segundo, mas isso é imperceptível para quem está usando o equipamento: não há qualquer vibração evidente. O rastreio das mãos é bastante preciso, mas parece que a abertura de apps ainda precisa de mais fluidez.
Entre as aplicações já disponíveis estão assistência técnica remota e avaliação de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI). O HoloLens 2 pode, ainda, permitir a realização de cirurgias em áreas remotas e mais aplicações.
Além dos US$ 7.729 cobrados pelo modelo padrão, a opção industrial vai custar US$ 10.973 no Brasil (nos EUA, sai por US$ 4.950). Ambas têm os mesmos componentes, mas a versão mais cara apresenta certificações exclusivas e outros requisitos para ambientes industriais e salas limpas.