Ouvindo...

Inteligência artificial Bard, do Google, está pronta para testes

Empresa busca observar como usuários interagem e colaboram com a ferramenta

Apresentado pelo Google em fevereiro para competir com o ChatGPT, o Bard já tem uma fila de espera para interessados em testá-lo. Por enquanto, são aceitos apenas usuários dos EUA e do Reino Unido. A reportagem da Itatiaia tentou entrar na lista, mas não conseguiu: mesmo com o uso de aba anônima, o sistema detecta a localização e impede o registro.

Leia mais:

Segundo a empresa, o Bard é um “experimento inicial que permite que o usuário colabore com inteligência artificial generativa”. Assim como o ChatGPT e o Bing, o Bard é um robô de conversa que responde a perguntas.

Sissie Hsiao, vice presidente de produto do Google, e Eli Collins, vice presidente de pesquisa da companhia, destacam que o Bard ajuda a melhorar a produtividade, acelerar ideias e alimentar a curiosidade. “Você pode pedir dicas para alcançar o objetivo de ler mais livros, solicitar que ele explique física quântica em termos simples ou ajuda para escrever um post”, dizem.

O modelo usado pelo Bard é proprietário do Google: trata-se de uma versão otimizada do modelo de linguagem para aplicações de diálogo (Language Model for Dialogue Applications – LaMDA). O sistema esteve envolvido em uma polêmica em 2022, quando um dos engenheiros que atuava no projeto disse que LaMDA havia se tornado senciente.

Quando foi apresentado, o Bard apresentou uma resposta incorreta. Existe uma preocupação com a precisão do conteúdo oferecido por sistemas desse tipo, assim como com quais fontes são usadas e outros dilemas éticos.

A primeira tela apresentada aos usuários do Bard é bem simples (e até lembra a página de busca da empresa). Na parte inferior, é possível ver um aviso: “o Bard pode mostrar informação imprecisa ou ofensiva que não representa as opiniões do Google”.

Há algumas sugestões de perguntas, mas o usuário pode escrever o que quiser. Diferentemente do ChatGPT, que parece escrever a resposta aos poucos (como um humano faria), o Bard apresenta toda a resposta de uma vez. O Google informa, entretanto, que ele funciona como outros chatbots e inteligência artificial generativa (as palavras compõem uma frase com coerência).

Ao fim da resposta, é possível informar se ela foi útil ou não (com polegar para cima ou para baixo), reiniciar a conversa ou selecionar a opção de ir para o mecanismo de busca. Se o usuário não estiver satisfeito com a resposta, pode ver mais opções para a mesma pergunta. Ele não apresenta as fontes usadas na resposta (que ajudam a verificar a precisão do resultado). Por enquanto, o Bard é um produto separado do mecanismo de busca da empresa.

Leia mais